Díli - Todas as operações militares ou policiais contra o major fugitivo Alfredo Reinado "estão congeladas", afirmou hoje o Presidente da República de Timor-Leste em entrevista à Agência Lusa.
"Repito: qualquer uso da força pelas Forças de Estabilização Internacionais (ISF) ou pela Polícia das Nações Unidas está congelado", declarou José Ramos Horta à Lusa.
"Há um chefe de Estado, comandante supremo das Forças Armadas deste país, que acha que para a realização da Justiça e reposição da verdade, qualquer operação de uso da força deve ser congelado", insistiu o Presidente da República.
"Não quero mais qualquer derramamento de sangue neste país. Que esteja ao meu alcance evitá-lo, evitarei", referiu.
"Acredito que o major Alfredo Reinado está hoje motivado para se encontrar uma solução", acrescentou.
José Ramos Horta sublinhou também que as negociações com Alfredo Reinado "definiram muito bem quem vai e quem não vai ser acantonado".
"Vão ser acantonados Alfredo Reinado e o grupo que continua com ele desde o início, que são uns 30 a 40 homens, dos quais no máximo 30 estão armados", explicou o chefe de Estado.
"Não vão ser acantonados os peticionários" das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, frisou José Ramos Horta.
"São duas questões distintas, porque uma é um caso de Justiça, outra não é. Contra os peticionários não existe nenhum processo judicial", recordou o Presidente da República.
José Ramos Horta falou à Lusa poucas horas antes de uma viagem que o levará a Nova Iorque e a Berlim, para vários compromissos enquanto chefe de Estado e laureado com o Nobel da Paz.
Em Nova Iorque, o Presidente da República fala perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas e será co-presidente da Cimeira sobre Alteração Climática.
Entre os encontros oficiais e privados estão agendadas reuniões com o primeiro-ministro português, José Sócrates, com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, com o Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, e com o Presidente brasileiro, Lula da Silva.
PRM-Lusa/Fim
Nota de Rodapé:
Mais uma vez, o laureado mostra-se um ditadorzeco. Como sempre sem respeito pelos valores democráticos e pelos outros órgãos de soberania.
Com tanta "congelação", espero que não falte a electricidade...
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