domingo, maio 06, 2007

Timor:Forças Internacionais negam estar promover Ramos-Horta

Diário Digital/Lusa
05-05-2007 13:41:23

As Forças de Estabilização Internacionais (ISF) estacionadas em Timor-Leste refutaram hoje estar a dar qualquer apoio à campanha de José Ramos-Horta em detrimento do candidato da Fretilin como acusa aquele partido político.

Em resposta a uma questão apresentada pela agência Lusa que deriva das acusações da Fretilin de que as forças internacionais, nomeadamente australianas, estariam na região leste do país a promover a candidatura de José Ramos-Horta em detrimento da de «Lu Olo», o porta-voz Ivan Benitez-Aguirre disse que as ISF «respeitam o processo democrático» de Timor e considera «inapropriado» qualquer comentário político.

«Respeitando a atenção que é dada ao processo eleitoral em Timor-Leste, as ISF não irão conceder qualquer entrevista durante a campanha eleitoral», refere, a resposta escrita, ao salientar também que os elementos daquela força «estão espalhados pelos vários distritos para apoiar o programa de segurança das eleições».

«As ISF mantêm uma posição neutral e imparcial neste processo e não fizeram nenhum comentário de apoio a qualquer candidato ou partido político», acrescenta a nota.

Relativamente a um caso em que a 28 de Abril em Ermera foi fiscalizada uma carrinha com 60 apoiantes da Fretilin onde foi encontrada uma arma artesanal e vários maços de dinheiro no valor global de cerca de cinco mil dólares e divididos com nomes de várias aldeias, as ISF recusaram qualquer comentário salientando que o caso está a ser investigado pela polícia das Nações Unidas pelo que «qualquer questão deverá ser dirigida àquela força».

Na sexta-feira, Mari Alkatiri negou numa conferência de imprensa que as forças internacionais tenham encontrado qualquer arma mas escusou-se a falar sobre o dinheiro.

A resposta de Ivan Benitez-Aguirre sustenta ainda que as ISF estão em Timor-Leste em resposta ao pedido de ajuda do Governo para apoio ao restabelecimento da paz e estabilidade no país e que é sua missão ajudar o Governo local e as Nações Unidas a «manter a estabilidade e assegurar um ambiente de segurança que permita aos timorenses resolver as suas diferenças de forma pacífica».

A segunda volta das eleições presidenciais timorenses disputam-se quarta-feira, 09 de Maio, entre os candidatos José Ramos-Horta e Francisco Guterres «Lu Olo».

2 comentários:

  1. Só acredita que as tropas Australianas não estão aí a ajudar o Horta e a prejudicar o Lu-Olo quem se esquece que a Austrália NÃO informou o Governo Timorense que tinha vários navios de guerra devidamente aparelhados com blindados, helicópteros e milhares de homens fortemente armados 3-4 semanas junto à fronteira marítima de Timor-Leste antes de desembarcarem.
    Mas quanto aos factos concretos que o Lu-Olo denunciou, por exemplo a interferência em Ainaro com ruídos de helicópteros e tropas armadas no meio da população, esquecem-se de comentar.

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  2. "Timor:Forças Internacionais negam estar promover Ramos-Horta" titula a Lusa, como se eles alguma vez pudessem dizer o contrário!

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