quarta-feira, maio 02, 2007
Portugal, Cabo Verde e S. Tomé têm liberdade total de imprensa - Freedom House
Washington 02 Mai (Lusa) - Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, são os únicos países lusófonos com liberdade total de imprensa, considerou a Freedom House.
No seu relatório anual sobre a liberdade de imprensa a organização sedeada em Washington coloca Portugal em 12.º lugar na lista liderada pela Finlândia e Islândia com o mesmo número de pontos.
Portugal compartilha o 12.º lugar com o Liechenstein e Palau (Micronésia), ficando acima de países como a Alemanha, Irlanda e Estados Unidos que compartilham o 16.º lugar.
A avaliação é feita com base no "ambiente jurídico em que os média operam, as influências políticas na actividade jornalística e acesso a informação e pressões económicas sobre o conteúdo e disseminação de notícias".
Cabo Verde e São Tomé são por seu turno dois dos apenas oito países africanos onde segundo a organização existe liberdade de imprensa. à escala mundial os dois países estão colocados em 61.º lugar.
No ano passado Cabo Verde foi colocado entre os países de liberdade "parcial" de imprensa e a organização afirma que a sua subida nos "rankings" se deve "à continua consolidação das tendências democráticas que levaram a uma maior abertura no ambiente em que os média operam e numa diminuição dos casos de intimidação legal e de ataques a jornalistas".
Moçambique (87.º lugar), Timor-Leste (90.º), Brasil (90.º) Guiné-Bissau (102.º) são considerados países onde existe a liberdade "parcial" de imprensa enquanto Angola (135) é considerado um país onde não existe essa liberdade.
O relatório afirma que "apesar de garantias constitucionais, a liberdade de imprensa é restrita em Angola".
O documento descreve como uma "melhoria" uma nova lei de imprensa aprovada no ano passado mas diz que esta contém ainda "várias normas restritivas".
"Apesar de o Governo na generalidade tolerar críticas dos média privados, entidades governamentais muitas vezes pressionam os media independentes a cobrir o Governo a uma luz mais favorável", diz o documento, acrescentando que "detenções arbitrárias, intimidação e ataques contra jornalistas continuam a ocorrer".
JP-Lusa/fim
NOTA DE RODAPÉ:
A Austrália aparce em 39º lugar...
Muito bem apanhada, esta!
ResponderEliminarCom este empate entre Brasil e Timor-Leste fiquei realmente preocupado com o horizonte da democracia em TL. Para que é brasileiro minimamente informado não é de se estranhar tal colocação do "grandalhão" da CPLP. O império da Rede Globo de Televisão, por exemplo, impõe um escandaloso monopólio comercial e da informação. É um incrível que esta situação se arraste depois de anos de redemocratização. Democratas de Timor-Leste uni-vos!
ResponderEliminarAlfredo
Brasil
Obs: Angola e Moçambique não são marxistas? Conta outra...
Quão mal vai este mundo, quando no 12º país com maior liberdade de imprensa, um governo regional impede a distribuição de um jornal apenas porque nele constavam criticas ao presidente Sr Alberto.
ResponderEliminarQuando governantes se escudam no segredo de estado para silenciar os jornalistas.
A Freedom House deve ter feito o estudo sobre certos jornais, autênticos orgãos partidários.
Quão mal vai este mundo.
Não se entusiasmem muito com a tal Freedom House porque não passa de uma ONG, financiada pelo governo dos USA, que tem a sede em Washington DC, que tem no seu Conselho de Administração (homens de negócio, antigos governantes de topo, académicos, escritores e jornalistas) todos a residirem nos USA, que teve como Presidente até Setembro de 2005 o antigo director da CIA James Woolsey e que entre outros administradores incluiu Steve Forbes, Samuel Huntington, Donald Rumsfeld, Paul Wolfowitz, Otto Reich, Jeane Kirkpatrick, Zbgniew Brzezinski e Malcolm Forbes Jr.
ResponderEliminarAlém do financiamento do Governo dos USA, recebe também financiamentos da Soros Foundation, e doutras Fundações do mesmo tipo.
Resta dizer que foi fundada nos anos de 1940 e que entre outras apoiou o Plano Marshall, a criação da NATO, os dissidentes soviéticos, e o Solidariedade da Polónia e que recentemente financiou as “revoluções” na Sérvia, Ucrânia e Kyrgyzstão, Uzbekistão e a oposição na Venezuela.
Podem aprender mais qualquer coisa por exemplo aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Freedom_House
E pensar que o Codigo Penal de Timor-Leste não foi aprovado porque o Xanana, empurrado pelos seus amigos australianos e anglófonos das Nações Unidas se opuseram à criminalização da difamação pq.no caso da imprensa violava a liberdade de expressão. A lei penal portuguesa tb. criminaliza a difamação e agrava a pena no caso do crime ser praticado através da imprensa (como o projecto de Cod. Penal de TL previa) e é apesar disso um dos países com maior liberdade de imprensa, muito acima da Austrália, o grande mentor da nova tendência dita "democrática" do Xanana e do Ramos-Horta.
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