Díli, 21 Mar (Lusa) - Leandro Isaac, deputado independente, presente em Same quando do cerco ao major Alfredo Reinado, disse hoje à Lusa que continua "no interior", não regressando enquanto continuar a ser perseguido pelos militares australianos, das Forças de Estabilização Internacionais.
"Continuo no interior a fugir dos australianos que me querem prender. Fazem buscas nos mercados de Same e perguntam pelo meu nome.
Não volto para Díli enquanto estiver a ser perseguido", disse Leandro Isaac durante um breve contacto telefónico com a agência Lusa em Timor.
O deputado independente, encontrava-se em Same no sul do país, a 26 de Fevereiro, dia em que as tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais cercaram o major Alfredo Reinado, militar fugido à Justiça e que se evadiu de uma prisão de Díli em 2006.
Leandro Isaac, durante o contacto telefónico, disse que não se encontra na companhia do major Alfredo Reinado.
"Ele está noutro sítio, longe de mim", afirmou.
O presidente da Assembleia Nacional, Francisco Guterres "Lu Olo", disse à Lusa que Leandro Isaac vai ter de enfrentar a Justiça e que a imunidade parlamentar não o protege neste caso.
"Devo dizer que os deputados têm as suas próprias competências, têm as suas funções. Têm imunidade, mas a imunidade é aqui no Parlamento Nacional. Ele aliou-se ao grupo de Alfredo Reinado e terá de, naturalmente, enfrentar a Justiça".
Francisco Guterres afastou a hipótese de criação de uma comissão parlamentar sobre o assunto apesar de condenar os actos do deputado.
"Naturalmente o parlamento não poderá admitir uma pessoa que se alia a um grupo rebelde" e acrescentou, "a situação dele está claríssima e compete agora aos órgãos judiciais investigar.
O procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, afirmou à Lusa no dia 16 de Março que até aquela data não existia qualquer mandado contra Leandro Isaac.
PSP-Lusa/Fim
Perseguido na realidade ou com a consciencia a roer!...
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