Pior cenário Apoiante de Reinado ameaça matar Xanana Diário de Notícias, 07/03/07 Por: Armando Rafael
Apoiantes do major Alfredo Reinado ameaçaram ontem matar Xanana Gusmão, caso o Presidente timorense não revogue a ordem de captura do ex-comandante da Polícia Militar (PM), que há três dias escapou ao cerco que os australianos lhe montaram em Same.
A ameaça foi proferida por Quintiliano de Barros, irmão de um dos cinco timorenses que foram mortos pelos militares australianos em Same, enquanto Reinado fugia pela retaguarda, beneficiando, ao que tudo indica, das protecções que lhe foram conferidas pelo facto de a sua segunda mulher ser oriunda da região.
Numa entrevista à Adnkronos International (AKI), um portal de informação que na véspera já conseguira estabelecer contacto com o próprio Reinado, Quintiliano de Barros não escondeu as intenções do grupo que diz representar: “Já é tempo do Presidente Xanana e a família receberem o que merecem. Se não retirar a ordem contra o major Alfredo (Reinado), tanto ele, como a família estarão em perigo. E andar por aí sem guarda-costas, vamos matá-lo porque é traidor.”
Uma ameaça que tenderá a ser desvalorizada, tendo em conta o grau de operacionalidade de Reinado, mas que adquire outra dimensão depois de duas das irmãs de Xanana Gusmão terem visto as suas casas destruídas por apoiantes daquele major. Num dos casos, a situação só não foi mais grave devida à pronta intervenção da GNR.
Situação semelhante foi também vivida nos últimos dias por familiares do primeiro-ministro Ramos-Horta, numa altura em que alguns antigos aliados começam a distanciar-se de Reinado. Como sucedeu com o major Tara, que ontem apelou à rendição do ex-comandante da PM. O que também abrange o tenente Gastão Salsinha, o ex-porta-voz dos peticionários que há um ano foram expulsos das forças armadas e que é igualmente procurado pela justiça.
Tudo isto num dia em que Ramos-Horta anunciou a intenção de colocar os militares timorenses, comandados por Taur Matan Ruak, a protegerem os edifícios e os serviços de utilidade pública no país, retirando-os dos quartéis a que têm estado confinados.
Transcrição por não estar on-line:
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Diário de Notícias, 07/03/07
Por: Armando Rafael
Apoiantes do major Alfredo Reinado ameaçaram ontem matar Xanana Gusmão, caso o Presidente timorense não revogue a ordem de captura do ex-comandante da Polícia Militar (PM), que há três dias escapou ao cerco que os australianos lhe montaram em Same.
A ameaça foi proferida por Quintiliano de Barros, irmão de um dos cinco timorenses que foram mortos pelos militares australianos em Same, enquanto Reinado fugia pela retaguarda, beneficiando, ao que tudo indica, das protecções que lhe foram conferidas pelo facto de a sua segunda mulher ser oriunda da região.
Numa entrevista à Adnkronos International (AKI), um portal de informação que na véspera já conseguira estabelecer contacto com o próprio Reinado, Quintiliano de Barros não escondeu as intenções do grupo que diz representar: “Já é tempo do Presidente Xanana e a família receberem o que merecem. Se não retirar a ordem contra o major Alfredo (Reinado), tanto ele, como a família estarão em perigo. E andar por aí sem guarda-costas, vamos matá-lo porque é traidor.”
Uma ameaça que tenderá a ser desvalorizada, tendo em conta o grau de operacionalidade de Reinado, mas que adquire outra dimensão depois de duas das irmãs de Xanana Gusmão terem visto as suas casas destruídas por apoiantes daquele major. Num dos casos, a situação só não foi mais grave devida à pronta intervenção da GNR.
Situação semelhante foi também vivida nos últimos dias por familiares do primeiro-ministro Ramos-Horta, numa altura em que alguns antigos aliados começam a distanciar-se de Reinado. Como sucedeu com o major Tara, que ontem apelou à rendição do ex-comandante da PM. O que também abrange o tenente Gastão Salsinha, o ex-porta-voz dos peticionários que há um ano foram expulsos das forças armadas e que é igualmente procurado pela justiça.
Tudo isto num dia em que Ramos-Horta anunciou a intenção de colocar os militares timorenses, comandados por Taur Matan Ruak, a protegerem os edifícios e os serviços de utilidade pública no país, retirando-os dos quartéis a que têm estado confinados.
Como se previa, Rogério Lobato foi condenado.
ResponderEliminarQue dirão agora aqueles que acusavam os juízes "da CPLP" de imparcialidade e de serem controlados por Alkatiri?
Repito aquilo que já disse antes: deixem a Justiça trabalhar. Respeitemos a Lei e a Ordem.