quarta-feira, março 07, 2007

Mais e mais do mesmo...

Os australianos preparam-se para abandonar Timor-Leste...literalmente.

3 comentários:

  1. Oxalá isso acontecesse, mas parece bom demais para ser verdade!

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  2. Presidência da República
    Declaração Presidencial
    Perante a actual situação política, social e humanitária que Timor-Leste atravessa é
    necessário dar testemunho público da vontade do Estado e de todos os Órgãos de
    Soberania em responder adequadamente à criminalidade violenta e organizada que vem
    persistentemente assolando a capital, Díli;
    O país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos
    segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país;
    Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos
    continuem a viver num clima de insegurança;
    Tem-se visto que algumas manifestações, ao invés de trazer à consciência dos
    indivíduos uma mensagem positiva, que contribua para a solução dos actuais problemas
    do País, têm contribuído para provocar mais distanciamento entre as pessoas, numa
    altura em que o país tanto necessita de recuperar o ambiente de maior tolerância e mútua
    aceitação;
    Vamos entrar num período de campanha eleitoral para as primeiras eleições desde
    que o Estado timorense se tornou soberano, a 20 de Maio de 2002;
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    É absolutamente necessário criar as condições para que os cidadãos exerçam livre
    e conscientemente o seu direito de escolher quem vai conduzir os destinos de Timor-
    Leste; mas essa liberdade de escolha não existirá numa situação em que o clima de
    violência continue vivo e os autores da violência continuem impunes.
    Por isso,
    É necessário que o Estado cumpra a obrigação, que lhe cabe, de garantir a ordem,
    a segurança e a tranquilidade públicas, proteger as pessoas e os bens, prevenir a
    criminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições
    democráticas, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito
    pela legalidade democrática.
    É necessário que as forças internacionais de defesa e segurança, solicitada pelos
    Órgãos de Soberania à comunidade das Nações, cumpram o objectivo de pôr fim a esta
    situação e trazer a estabilidade e a segurança a Timor-Leste;
    É necessário que o direito de reunião e manifestação seja exercido com o respeito
    das regras estabelecidas pela Lei sobre a Liberdade de Reunião e de Manifestação e não
    ponha em causa o funcionamento das instituições do Estado e a liberdade dos cidadãos;
    É necessário que as forças de defesa e segurança e as instituições judiciárias dêem a
    resposta adequada para a prevenção e repressão da criminalidade, incluindo o uso da
    força, se necessário.
    Assim,
    Ouvido o Conselho de Estado, o Conselho Superior de Defesa e Segurança, e o
    Comité de Coordenação, ao mais alto nível, do mandato da Missão Integrada das Nações
    Unidas para Timor-Leste (UNMIT), no qual tomam lugar, o Presidente da República, o
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    Presidente do Parlamento Nacional, o Primeiro-Ministro e o Representante Especial do
    Secretário-Geral das Nações Unidas.
    O Presidente da República:
    a) Comunica ao País que o Estado vai utilizar todos os mecanismos legais
    disponíveis, incluindo o uso de força, quando necessário, para pôr fim à violência, à
    destruição de bens e à perda de vidas e restabelecer rapidamente a ordem pública;
    b) Apela às autoridades do País, nacionais e internacionais, que utilizem todos os
    meios legais disponíveis para fazer com que todos os cidadãos cumpram a lei;
    c) Apela às autoridades do País e às forças de segurança e defesa para que
    intervenham para fazer com que as reuniões e manifestações sejam realizadas com o
    rigoroso respeito pela lei que regula as reuniões, comícios e manifestações e não ponham
    em causa o funcionamento das instituições do Estado e os direitos dos outros cidadãos;
    d) Apela às forças de segurança e defesa para que sejam rigorosas em exigir o
    cumprimento da lei e utilizem todos os meios legais disponíveis para prevenir a violação
    da lei e a perturbação da ordem pública;
    e) Apela às forças de segurança e defesa para que façam uso dos mecanismos
    processuais que a lei estabelece para combater a criminalidade, nomeadamente a
    realização de buscas, inclusive domiciliárias, revistas, identificação de pessoas, apreensão
    da armas, munições, explosivos, jaricáns de combustível, e tudo o mais que se suspeite ser
    destinado à pratica de crimes, tal como o permite os artigos 52.º a 56.º do Código do
    Processo Penal e o Decreto-Lei 4/2006 (sobre terrorismo, criminalidade violenta ou
    altamente organizada);
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    f) Apela a todos os cidadãos que não participem em actividades que contribuam
    para o clima de instabilidade e colaborem com as autoridades para impor a lei e a ordem;
    g) Comunica ao País que, caso medidas normais não sejam suficientes para aliviar a
    pressão criminal actualmente existente, os Órgãos de Estado, poderão vir a declarar
    medidas públicas mais graves, como seja o estado de sítio.
    Palácio das Cinzas, em Díli, 5 de Março de 2007
    Kay Rala Xanana Gusmão
    Presidente da República Democrática de Timor-Leste

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  3. Acreditam mesmo nisso! HeHeHe!
    E o sonho de domínio sobre Timor como ficava?!
    Mesmo que saíam aparentemente, nunca saírão de verdade. Timor é estratégicamente demasiado importante para que isso aconteça.
    Além disso...
    Pessoal, embora o sonho comande a vida, não vale sonhar tão alto!!!
    Lmalai

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