(Tradução da Margarida)
Deutsche Presse-Agentur - Mar 24, 2007, 7:03 GMT
Jakarta – Uma comissão especial montada para reunir factos que rodearam a turbulência dos militarem da Indonésia em Timor-Leste depois de ter votado a independência está agendada para abrir uma segunda audição pública na próxima semana, disse no Sábado um porta-voz.
’A audição pública está agendada para começar na Segunda-feira, temos um total de 17 pessoas de ambos os lados que darão os seus testemunhos frente ao painel da comissão,' disse o porta-voz da comissão Chalief Akbar à Deutsche Presse-Agentur.
A audição pública de Segunda-feira será a segunda das cinco planeadas para os próximos meses. A primeira realizou-se em Bali em Fevereiro passado.
'O Bispo Belo de Timor-Leste está agendado para abrir a audição pública,' disse Chalief Akbar. A própria audição pública está agendada para durar cinco dias.
O antigo presidente da Indonésia BJ Habibie e vários militares de elevada graduação das forças militares da Indonésia e da polícia que alegadamente estiveram envolvidos na violência estão agendados para aparecer frente ao painel da comissão.
A Comissão da Verdade e Amizade (CTF) Indonésia-Timor-Leste visa estabelecer a verdade por detrás da violência depois de Timor-Leste ter votado pela independência em 1999,e clarificar a história dos dois países. Investigará também as acções de grupos das milícias locais e das forças militares Indonésias quando retiravam do território.
A comissão tem sido criticada por grupos de direitos humanos porque lhe falta capacidade para processar membros de topo das Forças Armadas da Indonésia (TNI) por alegadamente terem ordenado a milícias apoiadas pelos militares para massacrar civis Timorenses e arrasar aldeias inteiras.
Vários generais das forças armadas da Indonésia e oficiais de topo da polícia foram inocentados de qualquer violência e o governo de Jacarta tem recusado entregar qualquer suspeito a um tribunal dirigido pela ONU em Timor-Leste, que votou pela independência
O General Wiranto, que na época era o chefe das Forças Armadas da Indonésia, um suspeito de liderar e que foi indiciado por crimes de guerra em Timor-Leste por procuradores da ONU, é esperado comparecer perante a comissão em Abril.
A CTF de 10 membros inclui peritos legais e de direitos humanos, líderes académicos e religiosos da Indonésia e de Timor-Leste. Entregará as suas conclusões a ambos os governos, e pode recomendar amnistias para perpetradores se se concluir que foram 'totalmente cooperantes' com a comissão.
A Indonésia invadiu Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa, em 1975, começando uma brutal governação de 24 anos na qual tantas quantas 200,000 pessoas morreram por atrocidades dos militares e durante uma guerra de guerrilha de baixa escala com lutadores da resistência Timorense.
Os eleitores de Timor-Leste escolheram preponderantemente a independência da Indonésia em vez de uma autonomia especial, desencadeando distúrbios por soldados Indonésios e milícias pró-Jacarta através do território da meia ilha.
Grupos de direitos humanos dizem que as audições perpetuarão simplesmente a cultura de impunidade para os crimes sérios cometidos durante a luta de Timor-Leste pela independência, dado que é improvável que seja recomendado a prossecução de qualquer oficial de topo das forças armadas.
Campanha em Laclubar: cerca de 2000 pessoas presentes
ResponderEliminar24 de Março de 2007
A comitiva da campanha do Camarada Presidente Lu Olo dirigiu-se a Laclubar, Distrito de Manatuto, onde realizou um comício na presença de cerca de 2000 pessoas.
Laclubar, local onde viveu 10 anos durante o tempo da guerrilha, acolheu o nosso candidato com muito calor humano.
No comício, Lu Olo voltou a dizer que
Lu Olo explicou ter decidido candidatar-se à Presidente da República por já ter vivido e sentido os problemas que o povo hoje vive. Contou sobre a sua vivência desde que nasceu até aos tempos de escola, as dificuldades que teve para se afirmar nas escolas, que assistiu ao trabalho forçado nas estradas e ao controle colonial. Afirmou que decidiu candidatar-se para acabar com tudo isso, com a pobreza e com sofrimento do povo.
Lu Olo disse que para atingir tal objectivo, será necessário reafirmar a autoridade de Estado e a lei e a ordem, e por isso Timor-Leste deve ter um Presidente da República:
- de todos e para todos
- que não deve criar conflitos mas sim ajudar a resolver conflitos
- que contribua e reforce as instituições e os órgãos de estado, e nunca se opôr a quaquel órgão
- com capacidade de ouvir e de dialogar, e nunca de impor
- que conhece claramente as suas competências institucionais e nunca invader as dos outros órgãos
Lu Olo terminou dizendo que compromete-se a ser um Presidente para unir e não para dividir.