Díli, 22 Fev (Lusa) - Os três maiores partidos da oposição parlamentar em Timor-Leste anunciaram hoje a criação de uma coligação para a formação de Governo após as eleições legislativas.
Os presidentes do Partido Democrático (PD), Fernando Lasama de Araújo, do Partido Social-Democrata (PSD), Mário Viegas Carrascalão, e da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), Francisco Xavier, anunciaram a assinatura de um acordo para vigorar "depois das legislativas".
A decisão de "tirar o máximo proveito das capacidades intelectuais dos quadros e dos militantes" dos três partidos resulta, segundo a declaração dos três líderes, do "actual estado da nação".
"A realidade não está a corresponder ao sonho timorense de um país moderno, solidário, próspero, justo e democrático", afirma o documento fundador da coligação.
Em vez disso, "existe uma crise social, de segurança, política, económica e militar que parece não ter fim".
As eleições legislativas ainda não estão marcadas e o Presidente da República, Xanana Gusmão, anunciará uma data logo após a realização das eleições presidenciais, agendadas para 09 de Abril próximo.
Cada um dos partidos fará campanha por si, mas a coligação formará Governo se qualquer dos integrantes vencer as eleições legislativas ou se a votação dos três partidos permitir uma maioria parlamentar, explicou o presidente do PSD , Mário Viegas Carrascalão.
As legislativas de 2001 foram ganhas pela Fretilin, que obteve 57,4 por cento dos votos. O PD obteve 8,7 por cento e foi o segundo partido mais votado.
O PSD, com 8,2 por cento dos votos, e a ASDT, com 7,8, vieram a seguir.
Em conjunto, PD, PSD e ASDT conseguiram 89.901 votos em 2001. A Fretilin recolheu 208.531 votos.
Os três partidos pretendem "manter a sua independência" dentro da coligação, que é criada para "ser uma alternativa viável ao actual Governo".
PRM-Lusa/Fim
Esta coligacao nao vai durara pois estes camelos nao entendem o que sao as regras democraticas.
ResponderEliminarWho cares
ResponderEliminarEstes três são uns castiços, nem sequer conseguiram entender-se para apoiar um único candadato presidencial mas querem convencer-nos que se entenderiam para governar. Como se não soubéssemos que o que eles querem é governar-se...
ResponderEliminarWell, Mario was good and perfect during the 10 years of his governance in Timor-Leste. That's a fact.
ResponderEliminarSe conseguir o Mário V Carrascalão para o lugar do Primeiro Ministro, já é um meio caminho andado. O que ele fez ao povo timorense durante os 10 anos como governador já é mais do que suficiente para confiar nele. Ãqueles que não quer reconhecer isso é uma menoria dos radicais da Fretilin, Apodeti e UDT.
ResponderEliminarEnviado por: "O Realista"
Os líderes dos partidos da oposição (pelo menos alguns deles) começam a perceber que têm que formar coligações ou fazer acordos eleitorais com outras forças políticas.
ResponderEliminarOs partidos timorenses são demasiado numerosos e pequenos. Assim facilitam a tarefa à Fretilin e são eles os principais responsáveis do seu próprio insucesso. Se pensarmos que muitos deles vão desaparecer do PN ou até mesmo do mapa, pois a próxima legislatura terá menos deputados, é evidente que o único caminho para contrariar isso é haver uma selecção natural e ficarem apenas os mais fortes.
A grande questão é: até que ponto é que políticos tão afastados uns dos outros, pelos mais variados motivos, conseguirão superar as suas diferenças e sacrificar os seus interesses em prol de eventuais coligações?