quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Polícias da ONU atacados em Díli

DIARIO DE NOTICIAS- Polícias da ONU atacados em Díli

Sete efectivos do contigente policial que a ONU enviou para Timor-Leste (UNPOL) ficaram ontem feridos nos confrontos registados em Díli, onde um armazém de produtos alimentares foi, pura e simplesmente, pilhado.

Na sequência desta pilhagem, as autoridades timorenses, que estão a tentar controlar a tensão que se vive em Díli desde o fim- -de-semana, decidiram reforçar os patrulhamentos nas ruas da cidade e anunciaram um plano de distribuição de arroz à população.

Sem que isso disfarce, no entanto, a reacção de quem passou os últimos dois dias a apedrejar as viaturas da ONU e até do próprio Governo timorense, num sinal claro de que as autoridades de Timor-Leste voltaram a perder parte do controlo da situação. O que poderá vir ainda a agravar-se nos próximos dias, quando o país entrar em período de pré-campanha eleitoral para as eleições presidenciais que estão marcadas para 9 de Abril.

Quanto mais não seja pelos distúrbios que já se tinham verificado na terça-feira de Carnaval, quando alguns grupos ainda não identificados de timorenses invadiram e destruíram os gabinetes dos ministros da Agricultura e do Desenvolvimento. Levando o primeiro-ministro Ramos-Horta a fechar o Palácio do Governo e a enviar os funcionários públicos mais cedo para casa, sublinhando que não aceitava trabalhar sob pressão.

Seja como for, o facto é que a situação que se vive em Díli provocou já uma reunião de emergência dos responsáveis da ONU que estão encarregues da segurança no país, tendo o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Atul Khare, visitado depois três dos bair- ros mais problemáticos da capital timorense: Kampong Alor, Pité e Fatuhada. AR

Dos Leitores:

Seis conclusões sobre esta notícia:

1 - O único arroz roubado foi este, de 2 armazéns do PAM
2 - Os ladrões não foram identificados
3 - Estranhamente, este roubo não impressionou o Padre Maubere nem Dudu
4 - Havendo falta de arroz, com este roubo ainda falta mais
5 - 2 dias em que foram apedrejadas viaturas da ONU, do Governo e de professores portugueses e invadidos e destruídos os gabinetes de 2 ministros, culminando meses de distúrbios, homicídios e destruição de casas, não são suficientes para que o Presidente da República obrigue o 1º Ministro a demitir-se
7 - Pelo contrário, o Presidente anuncia que vai apoiar a candidatura desse 1º Ministro a Presidente da República (talvez como prémio pela sua magnífica actuação como 1º Ministro)
6 - Não há manifestações de Rai Los ou Tara pedindo a demissão deste 1º Ministro

Henrique Correia

1 comentário:

  1. São obviamente sete, as conclusões. As minhas desculpas pela contagem trapalhona e trocada.

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