Diário Digital / Lusa
14-02-2007 13:17:00
Portugal propôs reforçar o subagrupamento Bravo da GNR com o «envio consecutivo de mais dois pelotões» (60 militares) para Timor-Leste, anunciou hoje em Dili o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.
O secretário de Estado português encontra-se em Díli para uma visita oficial de 48 horas, na semana em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas discute em Nova Iorque o futuro da missão integrada em Timor-Leste (UNMIT).
José Magalhães salientou que o envio de mais dois pelotões da GNR obedece «aos estudos preparatórios sustentados pelos peritos portugueses».
«Outras soluções têm projecção mais difícil e uma logística mais exigente e não cabem no quadro temporal em que se quer actuar», explicou, à saída de uma audiência com o Presidente da República Xanana Gusmão.
Sem falar num calendário detalhado, José Magalhães referiu que o reforço do subagrupamento Bravo deverá ocorrer «entre eleições» presidenciais e legislativas timorenses.
As presidenciais estão convocadas para 9 de Abril.
As legislativas não têm ainda data marcada.
A calendarização do reforço do contingente da GNR em Timor-Leste, que é actualmente de 138 militares, «tem de obedecer a uma concertação» com o governo timorense e com a ONU, acrescentou José Magalhães.
«A proposta portuguesa é feita tendo em conta a nossa capacidade que é de execução rápida, o esquema que está a ser gizado nas Nações Unidas, cuja lentidão é maior, e a vontade do governo de Timor-Leste», frisou o secretário de Estado.
Uma das questões políticas na agenda de José Magalhães é o pagamento pelas Nações Unidas de contribuições financeiras devidas pela participação da GNR na missão internacional em Timor e até agora suportadas pelo Estado português.
«Não é uma questão irrelevante», considerou, a esse respeito, o secretário de Estado, «porque a ONU tem um conjunto de responsabilidades».
Portugal, acrescentou, espera que «tudo o que é burocracia seja desburocratizado».
Com José Magalhães estão nesta viagem a Timor-Leste o comandante-geral da GNR, tenente-general Mourato Nunes, e a atleta Rosa Mota.
No final da audiência com Xanana Gusmão, no Palácio das Cinzas, Rosa Mota entregou equipamento desportivo a cerca de trinta crianças que treinam diariamente na escola de desporto instalada em casa da maratonista timorense Aguida Amaral, no bairro de Taibessi.
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Fico orgulhoso por ver que Portugal continua a não regatear ajuda a Timor-Leste quando este país a pede. Renovo os meus parabéns aos governantes portugueses pela decisão de reforçar a GNR e as minhas felicitações aos operacionais portugueses que tão bem servem Timor e dignificam a bandeira verde-rubra.
ResponderEliminarA iniciativa de entregar, por intermédio de Rosa Mota, equipamentos desportivos a crianças foi muito bonita. Há algum tempo, foi a vez de Cristiano Ronaldo visitar Timor. Embora simbólicos, estes pequenos gestos dão alguma alegria e esperança aos pequenos timorenses.
Assim dá gosto ser português.