Há poucos dias, a UN, em conferência de imprensa, anunciou que tinham aumentado as patrulhas da UNPOL na cidade de Díli.
Hoje à noite percorremos a cidade de Díli exaustivamente entrando nos bairros problemáticos, das 10 horas à meia-noite, como dissemos que o faríamos.
Encontrámos um blindado da GNR e duas viaturas militares da Nova-Zelândia entre Becora e Taibessi (zonas onde têm ocorrido os últimos incidentes), e 3 carros da polícia da UNPOL, a circular no centro da cidade!
É de perguntar onde estão mais de 1.000 elementos da UNPOL. Porque em Comoro, Deltas, Bairro Pité, Bebonuk, Farol, etc, etc, etc, não estavam.
Bem, mas o que seria se não tivessem aumentado as patrulhas...
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O que fizeram foi verdadeiro serviço público, mas parece que terão que o fazer mais vezes a ver se envergonham as forças de segurança que aí estão. Como é que se compreende que estando por aí uns novecentos e tal Australianos não tenham encontrado sequer uma patrulha deles, ainda por cima numa altura de bastante tensão pública? É simplesmente vergonhoso o que se está a passar em Timor-Leste em geral e em Dili em particular no que se refere ao direito dos cidadãos à ordem e à tranquilidade pública.
ResponderEliminarO comentário da Margarida peca apenas por um pequeno vício: nao conhecer em absoluto qual ou quais os trabalhos que a polícia UNPOL desenvolveu ontem nesse mesmo período. Talvez se tivesse passado na zona de Bidau ao inicio da noite compreendesse que nem sempre o infeliz acaso de não encontrar uma patrulha policial na rua deva ser considerado um desleixo pela segurança.
ResponderEliminarComo a considero uma pessoa bem informada e que, da sua forma particular, presta um bom serviço informativo aos utilizadores do blog, agradeço que diligencie junto das autoridades judiciarias de TL e faça luz sobre esta materia.
“No news is good news”!
O problema é que há notícias e más, pois nos últimos dias já morreram mais três Timorenses nestas horrorosas lutas de rua. Além dos muitos que ficaram feridos. E isto requer patrulhamentos mais activos, sistemáticos e constantes, requer polícia na rua, bem visível e actuante. Eu não me conformo que morram mais três cidadãos e que tudo fique como estava, ou pior, que se comece a achar normal que mais três, menos três, não fazem grande diferença. Relembro, desde domingo morreram mais três cidadãos em Dili e a isto eu chamo falta de segurança e não é admissível com mais de mil tropas estrangeiras e cerca de 1000 polícias internacionais.
ResponderEliminarNão faço ideia rigorosamente nenhuma do que se passou ontem em Bidau, nem sequer sei onde fica Bidau, mas o que não deixa de me arrepiar é que em dois ou três dias tenham sido mortos mais quatro cidadãos Timorenses e que mais umas dezenas deles tenham ficado feridos numa cidade onde estão perto de mil polícias estrangeiros e quase mil tropas Australianas. E que semana sim, semana não, haja este mesmo tipo de notícias, de mortes e feridos, de violência nas ruas, nos bairros, que se prolonga horas e de haver ainda em Dili milhares de deslocados só porque não há segurança nas ruas e bairros onde têm as casas. Acho isto um verdadeiro escândalo e incompreensível. E nunca ouvi ninguém nem da ONU, nem do Governo, particularmente o PM, dizer que esta é a PRIORIDADE em Timor-Leste e particularmente em Dili.
ResponderEliminarEstão à espera de quê para actuarem? Que haja mais mortes, mais feridos e mais deslocados? É simplesmente escandaloso este desrespeito pelo direito à segurança e à tranquilidade dos cidadãos Timorenses. Parece-me que chegou a hora de aumentar a denúncia desta situação.