(Tradução da Margarida)
The Courier Mail
Novembro 29, 2006 11:00pm
Artigo da: AAP
As tropas Australianas estão a aderir a uma directiva do Governo de Timor-Leste para não prenderem o homem mais procurado do país, o líder amotinado em fuga Alfredo Reinado.
Tropas Australianas foram filmadas a apertar a mão e a conversar com Reinado num seminário de reconciliação na cidade de Suai, 175 km a sul de Dili.
Mas não fizeram qualquer tentativa para o prender, em linha com desejos do Governo de Timor-Leste, disse o Brigadeiro Australiano Mal Rerden.
"Isso é uma matéria do Governo. Decidiram que é apropriado ele participar nesse evento porque procuram maneiras de desenvolver o diálogo e de trazer Reinado de volta ao sistema de justiça," disse à ABC.
Reinado e mais do que outros 50 presos têm estado em fuga desde Agosto, quando escaparam duma prisão perto de Dili.
Ele liderou um grupo de tropas desertoras em Maio e tem sido acusado por muita da violência que dividiu Timor-Leste anteriormente neste ano. Foi acusado com assassínio e posse ilegal de armas na altura da sua fuga.
Reinado pareceu relaxado quando conversou com tropas Australianas e disse que os problemas recentes de Timor-Leste eram da culpa dos seus antigos líderes políticos, incluindo o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.
"Sou quem obedece à lei e à ordem, e eles são quem foram indicados pela ONU como responsáveis da crise," disse.
Anteriormente, neste mês, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta disse que Reinado não estava a ser preso porque o corrente comandante militar tinha apelado ao diálogo.
"Porque houve o desejo do Brigadeiro General Taur Matan Ruak de um diálogo com ele, de modo a poder regressar à base e render-se, o governo está a dar-lhe uma outra oportunidade," disse o Sr Ramos Horta.
Disse que tal diálogo visava levar Reinado a render-se e a "contribuir para a justiça ".
As Nações Unidas, no seu relatório à violência em Timor-Leste, apelou para que Alkatiri e demais membros de topo do governo e das forças de segurança sejam investigados criminalmente.
O relatório, realizado a pedido de um governo enfraquecido pelo derramar de sangue em Abril e Maio que deixou 37 pessoas mortas, disse também que a crise podia ser largamente explicada pela fragilidade das instituições da jovem nação.
Alkatiri saiu do cargo de primeiro-ministro em Junho entre alegações de que tinha ordenado e armado um esquadrão de ataque para matar os seus opositores políticos, mas tem consistentemente mantido a sua inocência.
A Comissão da ONU não encontrou qualquer evidência que Alkatiri tenha dado tais instruções nem recomendou que ele fosse processado por movimentos ilegais de armas.
"Contudo, a Comissão recomenda mais investigações para determinar se Mari Alkatiri tem qualquer responsabilidade criminal em relação a crimes de armas," diz o relatório.
O relatório diz ainda que Reinado pode ser "razoavelmente suspeito de ter cometido crimes " durante confrontos armados em 23 de Maio.
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Cheira-me que esta é mais uma das directivas do PM e ministro da Defesa, tomada à revelia do governo...
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