Jornal de Notícias, 2 de Outubro de 2006
Meio milhar de alunos entre a pré-primária e o 8º ano de escolaridade
A Escola Portuguesa de Díli (EPD) reabriu as portas para 500 alunos, mais 25 por cento do que no anterior ano lectivo, entre a pré-primária e o 8º ano de escolaridade.
Criada em Novembro de 2002, a EPD é um estabelecimento de ensino não integrado na rede pública de ensino timorense e goza de autonomia pedagógica e gestão, com professores destacados de Portugal e outros contratados localmente.
"Este ano, temos 30 professores vindos de Portugal e três timorenses", disse a directora da escola, Ana Maria, à Agência Lusa. "Hoje é um dia muito importante. Estou muito contente por voltar a ter os meus alunos” depois da crise político-militar por que passou Timor-Leste, em Maio e Junho, acrescentou.
O ensino é todo leccionado em Português e a novidade, a partir das turmas do 7º ano, é que passa a ser ministrada a outra língua oficial de Timor-Leste, o Tétum, que substituiu o Francês, que era leccionado como língua estrangeira.
Cada aluno recebeu uma pasta com material escolar – cadernos, esferográficas, lápis, borrachas e afiadores - "porque muitas crianças ficaram sem nada durante a crise", explicou Ana Maria.
A propina mensal é de cinco dólares e para quem não pode pagar essa quantia, a EPD fixou uma segunda tabela, de 2,5 dólares. "E quem não pode pagar, retribui com serviços. Se é preciso pregar um prego, limpar a escola ou arranjar uma carteira, são os próprios pais que vêm ter connosco", salientou a directora.
A abertura do ano lectivo na EPD foi feita em cerimónia presidida pelo embaixador de Portugal em Díli, João Ramos Pinto, que sublinhou a importância do início das aulas "após um período de crise prolongada, em que a grande maioria das escolas fecharam".
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"a novidade, a partir das turmas do 7º ano, é que passa a ser ministrada a outra língua oficial de Timor-Leste, o Tétum, que substituiu o Francês, que era leccionado como língua estrangeira."
ResponderEliminarQuero aplaudir esta decisão. Era inadmissível o Tétum não ser leccionado, como língua oficial que é. Ainda por cima substituído pelo Francês! Devia dar um jeitão para a viagem de finalistas à Nova Caledónia ou à Polinésia Francesa...
Mas esta decisão peca por defeito. Não percebo porquê só a partir do 7º ano. A Escola Portuguesa vai formar, antes de mais, alguns dos futuros quadros de Timor-Leste e acho que a presença do Tétum devia ser total, desde o 1º ciclo.
Ainda resta a Escola...
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