Público 28/10/06
TAUR MATAN RUAK:
Com certeza. Depuseram o dr. Mari Akatiri, mas os seus objectivos não foram alcançados totalmente.
Nós propomos a criação de uma comissão parlamentar de investigação para determinar os autores intelectuais e morais da crise política. Ela vai ver depois essas evidências.
Devemos respeitar as nossas instituições. Se não, qualquer dia vamos recorrer por tudo e por nada aos internacionais. Os órgãos do Estado saberão qual das instituições tem mais competência para fazer esse trabalho.
Ainda ontem [quarta-feira], numa palestra que fiz aos nossos soldados, mudei o nome da cidade de Díli para "Cidade Far-West" ou "Cowboy City". São seis meses a fazer "cowboiada", com dois mil efectivos [militares australianos] aqui. Em qualquer conflito você tem de ter um único comando. Neste, cada um puxa para o seu lado. A gente não sabe o que é que as Nações Unidas fazem, o que é que os australianos fazem. Estive mais de 15 anos à frente de um pequeno exército na luta pela independência e sei o que é dirigir operações. Claro que eu sou irregular, mas já vi muitos profissionais a organizarem operações deste género e isto é uma exibição de "cowboys".
Seis meses, com bandidos ainda a controlarem Díli, com tanques de guerra e helicópteros de um lado para o outro, com a ONU a aumentar...isto envergonha o nosso Estado. É por causa disto tudo que as pessoas não conhecem quem é quem. Eu conheço muitos generais na Austrália. Em Timor só há um general e eles não conhecem? É incrível!... E estranho.
Já tenho dito: a Austrália é um Estado federado, não é um país independente, enquanto Timor é um país independente. A Austrália nunca teve experiências bem sucedidas em termos de construção de Estados - vá ver-se a Papua-Nova Guiné, as ilhas Pacíficas. E hoje quer dar lições a Timor. [Por isso] o nosso Parlamento ainda hoje aprovou uma moção para que sejam enquadradas todas as forças internacionais sob o comando das Nações Unidas. É a melhor forma.
É o ponto de vista do primeiro-ministro (os militares australianos continuarem de fora do comando da ONU). Mas se isto continuar assim, é o que eu digo: qualquer dia o nosso país é o Far West. E isso, sinceramente, envergonha-me muito. [Ontem, 24 horas depois desta entrevista, Ramos-Horta viria a reiterar a sua posição, argumentando acreditar que haverá coordenação entre todas as forças e que Timor contará, assim, com muito mais tropas estrangeiras - cerca de 1200 -, em contraste com os 350 militares - metade dos quais para protecção da própria ONU - que as Nações Unidas forneceriam].
De maneira nenhuma (a independência está em perigo). Duzentos mil timorenses deram a vida por este país. Por mais louco que eu fosse nunca iria admitir isso. Agora, há aqui posições que devem ser ajustadas: a gestão, a organização, e os métodos para os resolver.
Fomos muito marginalizados nos últimos tempos, com mentiras a descaracterizarem a nossa imagem. A segurança estava entregue aos australianos e às Nações Unidas. Eu não sou um general apanhado na rua.
Estou nas forças armadas há 31 anos, 24 dos quais orientados para o conflito com a Indonésia. Fico envergonhado quando vejo pessoas que dizem que são mais profissionais do que eu a fazerem tretas. Fico envergonhado ao ver a desorganização, a má gestão.
Nós temos um princípio muito bonito: a prática é o critério da verdade. A maioria do nosso povo é analfabeta, mas não é tão ingénua como se julga. Durante [este último] meio século, o nosso povo viveu com estrangeiros, e isso é muito complicado.
Acredito nisso (as eleições legislativas e presidenciais de 2007 podem ajudar a estabilizar a situação), mas tudo depende da maneira como o nosso Estado vai ser gerido. As boas intenções só por si não produzem bons resultados. Precisam de esforço, dedicação, gestão, organização.
(TAUR MATAN RUAK, Público 28/10/06)
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POVO MAUBERE
ResponderEliminarOS TIMORENSES QUE AMAM A SUA PATRIA TÊM DE SE UNIR NUM GRANDE MOVIMENTO POPULAR (LOROSAE E LOROMONU) E CORRER COM OS AUSTRALIANOS, QUE INVADIRAM E ESTÃO A OCUPAR O PAÍS PARA CONTROLAR A SUA SOBERANIA (NA ESTRATÉGIA AUSTRALIANA ESTAS ACÇÕES SÃO DESIGNADAS POR OPERAÇÕES DE PACIFICAÇÃO !!!!) È SÓ HIPOCRISIA PATROCINADA AO MAIS ALTO NÍVEL (PR E PM).
QUEREM TRANSFORMAR O POVO MAUBERE EM "ABORÍGENAS" (PARECE QUE ALGUNS GOSTAM DESSE ESTATUTO!!!.
SERÁ QUE VALEU A PENA A LUTA E SOFRIMENTO PELA INDEPENDÊNCIA PARA SERMOS CONFRONTADOS COM AQUILO QUE SE ESTÁ A PASSAR EM TIMOR-LESTE? SÓ COM UM FORTE MOVIMENTO POPULAR E FORTE UNIDADE NACIONAL SERÁ POSSÍVEL ULTRAPASSAR ESTA CRISE QUE AFECTA SERIAMENTE A DIGNIDADE DOS TIMORENSES E DO ESTADO DE DIREITO.
ESTÃO A SER ENGANADOS! REVOLTEM-SE E MOSTREM DO QUE SÃO CAPAZES OS TIMORENSES!.....CORRAM COM OS AUSTRALIANOS E TAMBÉM COM OS LIDERES QUE VOS ANDAM A ENGANAR, POIS JÁ NÂO PRECISAM DE MAIS EVIDENCIAS. REINADO E COMPANHIA JÁ VIRAM QUE FORAM ENGANADOS E VÃO ACABAR POR SER DESCARTADOS PARA EVITAR COMPROMETER O PR E SEUS LACAIOS…
LUTEM PELA VOSSA SOBERANIA. OS TIMORENSES NÃO PRECISAM DA AJUDA DE PAÍSES COMO A AUSTRÁLIA, QUE QUEREM ANULAR A SUA IDENTIDADE PARA SUBJUGAR O POVO E PODEREM EXPLORAR AS RIQUEZAS DO PAÍS, EXPLORANDO O POVO TIMORENSE E DEFENDENDO OS INTERESSES GEOESTRATÉGICOS E GEOPLÍTICOS DOS EUA.
VIVA TAUR MATAN RUAK, O GRANDE!
ResponderEliminarABAIXO ALEXANDRE GUSMÃO, o pequeno!
VAI PASSEAR, HORTA, o Medíocre!