DN
1.09.2006
Abel Coelho de Morais
O major Alfredo Reinado, que se evadiu quinta-feira da prisão de Becora com mais 56 detidos, pediu ontem para ser julgado por "um tribunal independente, (...) imparcial e sem influência política".
As declarações de Reinado constam de um vídeo entregue na delegação da Lusa em Díli. O militar, que foi um dos protagonistas da crise política em Abril e Maio em Timor-Leste, exprime-se em tétum e garante que "mesmo estando fugido da cadeia", isso não significa estar "a fugir da justiça".
Segundo a Lusa, vêem-se no vídeo Reinado e alguns dos seus cúmplices em local não identificado, sendo claro que a gravação foi efectuada depois da fuga.
Assumindo um tom crítico em relação aos "interesses dos políticos", Reinado diz estar em condições de, com os outros timorenses, resolver os problemas que hoje afectam o país e promover a reconciliação entre os "lorosae" (orientais) e os "loromonu" (ocidentais).
Uma cópia da mesma gravação, ou de outra semelhante, foi entregue a algumas agências internacionais, referia a rádio australiana ABC. Nesta gravação, segundo a ABC, o militar timorense lança duras críticas à "justiça de Díli".
Uma carta
A gravação de Reinado surgiu no mesmo dia em que a enviada do Sydney Morning Herald a Díli escrevia estar a circular, na capital timorense, uma carta daquele militar de teor semelhante às declarações contidas no vídeo entregue à Lusa. Nessa carta, Reinado considera "ilegal" o Governo de Ramos-Horta e apela à mobilização popular para derrubar o Executivo e "dissolver o Parlamento". Ainda segundo o diário australiano, Reinado acusa de "não serem julgadas" as pessoas envolvidas na "distribuição ilegal de armas a civis", alusão aos presumíveis factos que levaram à demissão do ministro do Interior, Rogério Lobato, actualmente em prisão domiciliária.
Enquanto se intensificavam as patrulhas e as operações de busca em Díli e arredores, o destino dos evadidos era objecto de declarações contraditórias. Assim, se o comandante das forças australianas, brigadeiro Mick Slater, dizia aos microfones da rádio ABC saber onde estavam os fugitivos, um oficial da polícia do mesmo país, Steve Lancaster, declarava à AFP não ter "informações sobre o seu paradeiro" (ver caixa).
Visita de Downer
Face aos acontecimentos em Díli, o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, anunciou que vai estar amanhã nas capitais timorense e indonésia para contactos com os seus homólogos. Downer, assim como o chefe do Governo de Camberra, John Howard, mostraram-se ontem preocupados com um possível agravamento da situação em Timor.
O Governo da Nova Zelândia divulgou, entretanto, um comunicado garantindo não ser "responsável pela gestão das prisões" timorenses. A facilidade com que os presos se evadiram de Becora fora atribuída à ausência do destacamento neozelandês, que deveria garantir a segurança da zona onde está a prisão.
Reinado julgado por um tribunal independente e imparcial? só se for julgado pelo próprio Reinado!
ResponderEliminarEntretanto, os "amigos" NZ, coerentes com os OZ, continuam com a subtileza de dizerem que não lhes compete a "gestão" das prisões timorenses. Só que ninguém disse o contrário, mas apenas que lhes competia guardar a zona envolvente da prisão, o que é bem diferente.
"Nessa cartae Reinado considera "ilegal" o Governo de Ramos-Horta e apela à mobilização popular para derrubar o Executivo e dissolver o Parlamento."
ResponderEliminarSHOW MUST GO ON!!!!!!
SHOW MUST GO ON!!!!!!
SHOW MUST GOOO OOOOOONNNNN!!!!!
Ainda sobre a dita carta:
ResponderEliminarCALMA REINDO, CALMA!!!
AS ELEIÇÕES SÃO DAQUI UNS MESES!!!!
REVOLTOSOS AINDA NÃO FORAM CANONIZADOS!
Zé Satírico
O Reinado quer um julgamento imparcial? Entao que o enviem para o tribunal aonde estao a julgar o Sadam Hussein la no Iraque! De certeza que este e imparcial!
ResponderEliminarZe Cinico
Ze Cinico
ResponderEliminarFretilin la'os hau, hau la'os Fretilin.
Fretilin mak povu, Povu mak Fretilin.
Ze Cinico ibun fo'er
Fo'er hanessa fahi inur.
Fahi sobak ema te
Ema te la tama ba Fretilin.