Sim, as forcas internacionais actualmente em Timor foram convidados pelos órgãos de soberania Timorenses, mediante acordo sendo uma das principais clausulas era repor a ordem e segurança dos bens e das pessoas. Mas pouca coisa se viu, antes pelo contrário, durante longas semanas após a chegada das forcas australiano-neozelandesas a situação piorou. Estavam impávidos e serenos a acompanhar os incêndios e pilhagens, protegendo apenas os seus jornalistas e cameramens tomarem notas e filmarem e depois divulgarem o caos para o exterior. Interessava e interessa a Austrália esta situação. A fuga de Reinados e dos seus comparsas é testemunha disso e tem por objectivo prolongar a estadia australiana e satisfazer o desejo australiano pelo comando das forcas no terreno. Estando agora a segurança nas mãos deles, pretendem também a área judicial e noutra etapa a da administração. Timor passará de Província em Província se nos próprios os Timorenses não ganharmos o juízo e a começar pelos nossos líderes!!!
.
Alkatiri foi amplamente criticado por ter concentrado a sua atenção nas negociações do petróleo com a Austrália, mérito que lhe é reconhecido por todos, e ter esquecido a politica interna e nada ter feito de concreto pelo país.
ResponderEliminarParece-me que ao acautelar os rendimentos do petróleo e a independência do país terá sido a política mais acertada para lançar os alicerces de um país a construir.
O que se pergunta é o que têm feito os seus maiores criticos para resolver os actuais problemas do país.
Senão vejamos:
O Primeiro Ministro Ramos Horta tem-se concentrado nas "exigências" dos países vizinhos Austrália e Indonésia e medidas concretas para que o país retorne à normalidade e os deslocados voltem a casa até agora não se verificaram.
O Presidente da República mantém-se em silêncio e pelos vistos concentrado no seu adorável jardim.
A oposição parlamentar, cujos deputados mantêm ligações obscuras com a Indonésia, a Austrália e os Estados Unidos, até agora não apresentaram qualquer proposta de lei, medida de emergência ou projecto para resolver o problema dos deslocados e da segurança.
A Igreja que tanto se manifestou politicamente contra Alkatiri, até agora também nada fez de concreto para ajudar o poder politico a restabelecer a paz, a segurança e o regresso dos deslocados às suas residências.
Todos se juntaram para derrubar Alkatiri com o fundamento que seria a única solução para a estabilidade do país.
A pergunta é inevitável:
Porque é que essa estabilidade não se verifica? Bem pelo contrário agrava-se diariamente?
Porque é que os deslocados não voltam às suas casas se a ameaça "Alkatiri" já deixou de existir?
Porque é que foram todos tão "activos" no derrube de "Alkatiri" e agora nada fazem para resolver os problemas internos do país?
Porque é que o Presidente da República que discursou de forma tão violenta e inflamatória em nome do seu "querido povo martirizado" nada diz perante a violência diária e a manutenção dos cidadãos nos campos de deslocados?
Porque é que Railos é tão "afavelmente" recebido pelo Presidente da República, na sua residência?
Porque é que a espôsa do Presidente da República presta declarações politicas e coincidentemente apenas no derrube do Alkatiri e na protecção de Alfredo Reinado?
Porque é que o Primeiro Ministro se preocupa com a liderança da FRETILIN e não se preocupa com os crimes cometidos por elementos da oposição, por exemplo o deputado Leandro Isaac?
Porque é que o Primeiro Ministro não se preocupou com a segurança da prisão?
E os "porquês" são muitos...
Mas terminaria a perguntar:
Porque é que ninguém, Presidente da República, Primeiro Ministro, parlamento, oposição e Igreja católica se preocupa com o povo?!
Para quando a existência de um "pacto de Regime" onde todos os intervenientes, Governo oposiçao Igreja fazem um esforço DE MODO A QUE a estabilidade regresse e o País começe a existir porque senão as INTERFERÊNCIAS ESTRANGEIRAS ´TOMAM CONTA SEM A GENTE DAR CONTA.......
ResponderEliminarNão se preocupam porque todos estão envolvidos, de uma forma ou de outra, não na "crise" mas no golpe organizado para o derrube do primeiro governo constitucional de Timor-Leste.
ResponderEliminarE todos o fizeram por motivos vários mas sem dúvida na defesa dos seus próprios inteesses.
E agora os "comprometimentos" que assumiram e as compensações, umas recebidas outras não, mantêm-nos "presos".
E "presos" não só com as ligações externas mas também por aquilo que os moveu - objectivos pessoais.
Como disse Ximenes Belo os politicos inventaram uma divisão nacional ficticia para atingir os seus próprios fins.
Nunca o povo ou o destino do país fez parte dos seus planos.
Não deverá por isso ser surpreendente que actualmente o povo seja o menos importante.
É evidente que o sentido de Estado e a preocupação com o destino do País são valores ausentes no comportamento do Presidente da República, do actual Primeiro Ministro, dos lideres da oposição e dos Bispos.
Conseguiram sim provar o arrogante desprezo pela vida dos cidadãos de Timor-Leste em detrimento das suas ambições pessoais básicas e mesquinhas.
É esta a maior miséria do povo timorense - a ausência de uma classe política ética e responsável!
É evidente que o derrube de governos que não seja por eleições só pode levar o país ao caos, violência e anarquia.
ResponderEliminarSerá que Xanana Gusmão é tão inocente que não sabia as consequências?!
Ou será que as consequências servam plenamente os seus interesses?
É uma pena ver os Timorenses ultrapassar esta situação da crise política. Talvez isto é uma indicação que os Timorenses so ficam sosegados com a existencia duma terceira parte. Com foi os colonialistas portugueses, Indonésios, Árables (após a independencia de Timor) e Mistiços. Daqui há 20 anos ainda nascem masi os mistiços que as forças internacionais criaram e que vão criar com a sua nova missão em Timor Leste.
ResponderEliminarIsto lembrou duma violação em Aceh onde a víctime disse: Ainda melhor ser raptado por um branco ou africano do que um javanes.
Timorenses gostam mais de ser colonizados que eles prórprios a gerir a sua própria nação. É necessário os Timorenses aprenderem da Papua Guinea, como os Australianos tratam-lhes pior que animais ou o exemple de aborigens na Austrália. Sera que os Timorenses sonham em serem Aborigens da Australia num dia. Pelo menos, eu não e ja disse isto em frente de Alexander Downer quando ele visitou Timor Leste em 1999.
Enquanto a Austrália e os Estados Unidos se movimentam na defesa dos seus interesses manipulando as "figuras" do palco timorense e o Presidente da República cuida do seu jardim como se nada estivesse a acontecer no país os timorenses continuam sózinhos, à margem do palco politico, a lutar pela sua cada vez mais dificil sobrevivência.
ResponderEliminarUm dia Portugal vestiu-se de branco por Timor-Leste.
Talvez fosse a hora de Portugal se vestir de preto em solidariedade com um povo martirizado pelos seus próprios dirigentes.
Le o livro do Franz Fanon: "Black Skin White Mask". Há mais o outro livro "White Skin Blak Mask, ma esqueci do autor.
ResponderEliminarCom o Povo inseguro e a passar dificuldades, o Presidente mais preocupado com o seu jardim! Ainda que fosse uma plantacao de aboboras como nos prometeu!
ResponderEliminarConcordo com a substancia e conteudo do comentarista que refere a certo passo que todos somos culpados da actual crise porque Timor atravessa, excepcao feita a generalizacao. Assim, por omissao de culpados iliba a Fretilin como Fretilin quando e do conhecimento generalizado que parte da Fretilin tem tambem culpas no cartorio. Generaliza ainda sobre a oposicao como se esta tivesse uma posicao concertada e organizada. De facto ha Oposicao e oposicao. Nao podemos por todos no mesmo saco? Porque nao reconhece-lo e dar os devidos creditos a quem o merece?
ResponderEliminar