Díli, 22 Ago (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, considerou hoje "desnecessária" a prorrogação das medidas excepcionais que decretou a 30 d e Maio, e defendeu um "maior empenho na coordenação" entre o seu gabinete e o Go verno em matéria de segurança.
Em comunicado divulgado no final de uma reunião do Conselho de Estado, Xanana Gusmão refere que a maior coordenação entre a Presidência da República e o Governo abrange as "decisões de defesa e segurança do Estado" e será assegurad a até ao fim do mandato do executivo liderado por José Ramos-Horta.
A reunião do Conselho de Estado foi convocada por Xanana Gusmão para av aliar a necessidade de prolongar as medidas excepcionais de segurança, "sucessiv amente prorrogadas" desde Junho, cuja vigência terminou domingo passado.
O presidente timorense salienta que as medidas "permitiram enfrentar a crise, realizar significativos progressos na reafirmação da autoridade soberana das instituições democráticas e retomar a prestação dos serviços públicos e o fu ncionamento da Administração do Estado".
No entanto, sublinha, "persistem ainda tremendas dificuldades no proces so de realojamento, o que obrigou grande parte da população deslocada a prolonga r a sua permanência nos campos de acolhimento, em condições precárias, enfrentan do elevados riscos sanitários e criando novos problemas de segurança".
Xanana Gusmão refere ainda que a "situação humanitária e a protecção ef ectiva de pessoas e bens permanecem vulneráveis", mas considera que os "esforços do Governo, com o apoio das organizações internacionais e intervenção das força s internacionais de defesa e segurança, têm contribuído para uma melhoria gradua l da situação".
As medidas de emergência foram decretadas inicialmente a 30 de Maio, na sequência da grave crise político-militar em Timor-leste, marcada pela desinteg ração da polícia nacional, divisões nas forças armadas e confrontos entre grupos civis rivais, que provocaram três dezenas de mortos e mais de 180 mil deslocado s.
A aplicação das medidas de emergência foi feita com a ajuda de uma forç a militar e policial enviada pela Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, chamada pelas autoridades timorenses para restaurar a lei e a ordem.
As medidas de emergência previam o desarmamento de civis, identificação de pessoas e a garantia da segurança de edifícios públicos e entidades.
Em Julho, o Conselho de Estado pronunciou-se a favor da prorrogação das medidas de emergência até domingo passado (20 de Agosto), prazo que coincidiria com o fim do mandato da actual missão da ONU em Timor-Leste (UNOTIL).
No entanto, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, sexta-feira passada , adiar por uma semana a votação da resolução sobre a nova missão das Nações Uni das em Timor-Leste, devido a divergências sobre a respectiva componente militar , que a Austrália pretende comandar.
Face ao adiamento da votação, o mandato da UNOTIL foi prolongado até à próxima sexta-feira.
JCS.
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Nunca mais se ouviu falar do mestico mentiroso, desertor e ladrao Alfredo e sos muchachos!
ResponderEliminarAinda estao a ver o sol aos quadradinhos, ou o amigo ja arranjou algum quartinho la na pousada de Baucau?
Grande jornalista
ResponderEliminarVIVA A LUSA!
"Xanana Gusmão refere ainda que a "situação humanitária e a protecção efectiva de pessoas e bens permanecem vulneráveis""
ResponderEliminarIsto já nós sabíamos. Eu estava à espera era de um mea culpa do PR, visto que ele foi, durante a vigência destas medidas de emergência, o principal responsável.
E, já agora, qual a solução do PR e do Governo para esse problema.
h correia Quarta-feira, Agosto 23, 2006 9:21:26 AM
ResponderEliminarCONCORDO
Qual pricipal responsavel qual carapuca!! A causa foi a falta de capacidade do governo e mais especificamente a pobre lideranca do PM e por isso mesmo ele ja foi para a rua.
ResponderEliminarNao venham com mais historias!!
concordo com Quarta-feira, Agosto 23, 2006 3:02:19 PM
ResponderEliminarAnónimos das 3:02:19 PM e das 6:09:03 PM: e assim desculpam os crimes do Alfredo e dos vândalos que continuam a queimar, a roubar e a apedrejar e agora até a perseguir os deslocados nos campos e a mandar-lhes cocktails molotov. Quando alguns desses bandidos pegarem fogos nas tendas e acontecer uma desgraça ainda maior vão continuar de palas nos olhos a dizer que a culpa é do antigo PM? Deixem-se de fanatismos e olhem a realidade tal qual ela é.
ResponderEliminarA culpa por esta crise foi do Mari. Foi ele que abriu a caixa de pandora e o problema agora eh fecha-la mesmo que ele ja tenha ido parar no olho da rua.
ResponderEliminarEsta crise ja resultou na sua demissao como PM e ainda estamos para ver o que vai sair deste congresso extraordinario da Fretilin. Uma coisa e certa. Nao esta a ser organizado para reafirmar a confianca no duo Mari e Luolo.
Anónimo das 10:10:04 PM: ainda não entendeu que o Mari Alkatiri não foi demitido nem se demitiu, limitou-se a dizer que estava disposto a resignar para o Xanana não resignar? E com este gesto permitiu que o importante, o determinante fosse salvo, isto é que o Parlamento nacional se mantivesse em funções bem como o II Governo da Fretilin?
ResponderEliminarE ainda não percebeu também que não vai haver congresso nenhum da Fretilin porque os seus órgãos legítimos não o convocam?
O margarida sua mentirosa. Entao o Alkatiri nao mandou uma carta formal de demissao para o Palacio das Cinzas e que o Presidente Xanana prontamente aceitou e disse entrar de imediato em vigor?
ResponderEliminarQuanto ao congresso ainda esta para se ver!
Margarida disse: "ainda não entendeu que o Mari Alkatiri não foi demitido nem se demitiu, limitou-se a dizer que estava disposto a resignar para o Xanana não resignar?"
ResponderEliminarMAS A MARGARIDA E MESMO UMA MENTIROSA FACCIOSA INCORRIGIVEL!! Ja agora leia os seguintes artigos sobre a resignacao do Alkatiri e um desses artigos foi colocado no Timor-Online e traduzido por quem mais senao a propria!
RTP
"A Presidência da República informa que hoje, dia 26 de Junho de 2006, S.E. o Presidente da República recebeu a carta de resignação do Dr. Mari Alkatiri das suas funções de primeiro-ministro do governo da República Democrática de Timor-Leste", lê-se num comunicado de três parágrafos divulgado pelo gabinete Xanana Gusmão.”
http://www.rtp.pt/index.php?article=246710&visual=6
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=700201
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Timor-Online
(Traducao da margarida)
“Depois de se aguentar na sua difícil posição durante semanas, o impopular Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri sucumbiu finalmente à pressão e entregou ontem a sua carta de resignação.”
http://timor-online.blogspot.com/2006/06/obrigado-margarida_27.html
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TSF
“Num comunicado de três parágrafos, o gabinete de Xanana Gusmão acusa a recepção da carta de resignação de Mari Alkatiri e confirma que a sua saída «toma efeito a partir do dia de hoje».”
http://tsf.sapo.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF171869
Anónimos das 2:22:48 AM e 2:39:10 AM: Aqui têm na íntegra a declaração do então PM em 26 de Junho e o link para a confirmarem"
ResponderEliminar"Declaração, 26 de Junho de 2006
Tendo reflectido com profundidade necessária sobre a situação vivida no país;
Considerando que acima de todos os interesses, estão os interesses da nossa nação;
Assumindo a minha parte das responsabilidades pela crise em que mergulhou o pais;
Recusando-me terminantemente contribuir para o aprofundamento da crise;
Reconhecendo que todo o povo merece viver um clima de paz e tranquilidade;
Esperando de todos os militantes e simpatizantes da FRETILIN toda a compreensão e apoio;
Declaro:
1) Pronto a resignar-me do meu cargo de Primeiro-Ministro e do Governo da RDTL para evitar eventual resignação do Presidente da República
2) Pronto a manter com Sua Excia o Senhor Presidente da República diálogos no sentido de contribuir, se necessário, para a formação do governo interino
3) Pronto em contribuir na apresentação do orçamento de Estado no Parlamento Nacional.
Mais declaro que passo a assumir as minhas funções de deputado no Parlamento Nacional até ao fim do meu mandato.
Dili, 26 de Junho de 2006
Primeiro Ministro
Mari Alkatiri
http://www.pm.gov.tp/port/26june06.htm
PS: Encontram sequer a palavra demissão?
E quanto ao congresso já se viu que será um evento qualquer do Vítor Costa e boys mas nunca em congresso extraordinário da Fretilin que só pode ser convocado ou pela maioria do CC, ou por metade das distritais e ou por 2/3 das sub-distritais. A tudo o que for convocado sem ser destas três maneiras podem chamar-lhe muita coisa mas nunca um congresso extraordinário da Fretilin.
A margarida gosta de brincar com as palavras mas nao pode esconder o facto de que o Mari foi parar no olho da rua e o Presidente Xanana nao violou a Constituicao para que isso acontecesse.
ResponderEliminarAnónimo das 2:46:38 PM : o jogo não é de palavras, o que você fez foi jogar com a honra de Alkatiri dizendo que a crise foi culpa dele e que daí a sua demissão e eu provei-lhe que ele não se demitiu nem foi demitido mas que se dispôs a resignar para que o Xanana não resignasse, isto é eu provei-lhe que ele foi vítima duma chantagem do Xanana e que Alkatiri é um estadista responsável.
ResponderEliminarQue ele e responsavel e, pela crise que se vive no pais e por isso que teve que resignar-se.
ResponderEliminarAnónimo das 9:30:52 PM: essa é a sua opinião, tem direito a ela mas é só a sua opinião.
ResponderEliminarAssim como a opiniao da margarida nao mais senao a opiniao da margarida.
ResponderEliminarE considerando que a margarida pouco ou nada conhece de Timor e as suas gentes, e nem sequer ainda la pos os pes eh uma opiniao muito mal informada.
Mas quanto a responsabilidade do Alkatiri pelo menos ele disse, quando se resignou, que ia assumir a sua "quota parte" das responsabilidades. Ora sendo ele o Primeiro Ministro na altura em que a crise comecou essa "quota parte" e uma grande parte ainda que somente vista no plano politico.
So mais uma coisa. Se isto tudo tivesse acontecido em Lisboa (exactamente da maneira como aconteceu em Dili) a margarida acha que o actual PM portugues continuaria na sua posicao? Ou a margarida seria mais uma pessoa a exigir a sua demissao?
ResponderEliminarAnónimo das 11:25:30 PM: mas em que país é que por causa dum motim nas forças armadas um PR chantageia um PM líder de um partido com 57,37% dos votos a resignar, mais a mais quando esse PR participa em comícios com os chefes desses amotinados ao lado? Num país "normal" um PR que se comportasse desse modo estaria no mínimo sujeito a um processo de impeachment, ele é que teria de resignar e nunca o PM.
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