sexta-feira, agosto 25, 2006

Polícia fez 62 detenções em operação no bairro de Comoro

Díli, 25 Ago (Lusa) - As polícias internacionais estacionadas em Timor- Leste lançaram esta madrugada uma operação policial no bairro do mercado de Como ro, em Díli, que resultou em 62 detenções.

A operação, acompanhada pela Agência Lusa, foi lançada nas ruas da capi tal timorense pelas 06:00 (22:00 de quinta-feira em Lisboa), envolveu cerca de 1 55 polícias e militares e os três elementos civis do Instituto Nacional de Emerg ência Médica português, apoiados por 33 viaturas e um helicóptero.

A Guarda Nacional Republicana, comandada pelo capitão Gonçalo Carvalho, colocou no terreno seis viaturas e 42 militares entre os quais um pelotão de or dem pública e uma secção de operações especiais.

A operação vinha a ser preparada há vários dias pelo comando australian o com o apoio de forças portuguesas e malaias e foi desencadeada na sequência de um ataque, sábado, a um oficial australiano.

No sábado, 19 de Agosto, um oficial da polícia australiana foi assaltad o e agredido por um grupo de cerca de 30 jovens que se movimentavam para combate r um grupo rival nas ruas de Díli, sendo que pelo menos um elemento do grupo agr essor foi, no domingo, identificado e detido pelo mesmo oficial numa outra opera ção.

Com mais de uma dezena de mandados de captura emitidos pelas autoridade s judiciais e com o grupo referenciado ao bairro do mercado de Comoro, os políci as internacionais juntaram-se durante a madrugada no quartel australiano e parti ram para o bairro, a pouco mais de cinco minutos do local da concentração, quand o o dia começa a nascer na capital timorense.

Dispostos os polícias em volta do bairro para fechar qualquer tentativa de fuga que fosse encetada, foi dada ordem para avançar pelo comando conjunto a o que os grupos de agentes espalhados no perímetro respondem com o início da ope ração e com a detenção dos suspeitos.

Apanhados de surpresa, os habitantes do bairro foram acordados ao som d e portas a serem destruídas e com a polícia dos três países envolvidos a deter v árias pessoas e a conduzir mulheres e crianças para um pequeno recinto descobert o enquanto decorriam as operações de busca de armas nas casas.

Com 62 detidos, entre os quais o cabecilha do grupo que alegadamente ag rediu o oficial australiano, uma hora depois a operação estava acabada, continua ndo, no entanto, algumas operações de busca nas habitações também rapidamente co ncluídas.

Entre catanas, setas com a ponta trabalhada em forma de anzol, fisgas - que servem para lançar as setas - e pelo menos uma arma branca de cerca de 30 c entímetros, os agentes internacionais que asseguram a ordem da capital timorense confiscaram diverso material que é habitualmente usado em acções de violência p raticada por grupos de jovens.

Depois de revistados e colocados dentro das carrinhas, os detidos foram todos conduzidos ao Centro de Detenção de Díli onde serão agora identificados e interrogados pelas três forças policiais antes de serem presentes ao juiz.

O percurso entre o bairro do mercado de Comoro e o Centro de Detenção f oi efectuado com duas viaturas Proteto da GNR a abrir e fechar a coluna de carro s de forma a garantir a segurança de polícias e detidos.

Ainda as polícias internacionais não tinham saído do bairro do mercado de Comoro e já os habitantes das redondezas circulavam, entre homens e mulheres armados, dirigindo-se aos mercados informais comuns nas ruas de Díli onde vendem carne, frutos e aves.

Além da curiosidade que o aparato policial causava, os timorenses queri am mesmo era umas garrafas de água ou outros bens que os polícias distribuem, qu ando a população lhes pede, durante as operações.

JCS.

3 comentários:

  1. Bom Agora ja nao ha razao para haver lixo na cidade. Estes 62 Joven dariam uma boa contribuicao a limpeza da cidade e a recostrucao das casa queimadas.

    Ponham nos a trabalhar vadios malcriados.

    Bui Bere

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  2. Mas primeiro deviam dar a cada um, uma boa mao cheia de chicotadas nas costas, como se faz em Singapura! E nao venham ca com direitos Humanos, pois estes selvagens, enquanto selvagens nao tem direito a nada!
    Ze Cinico

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  3. Melhor solução, a fim de aliviar a pressaão na prisão de Becora, é realmente po-los a trabalhar, em limpeza das ruas de Dili, na reconstrução de casas e outros objectos na cidade. A medida contribuirá igualmente para uma melhor distribuição de orçamento e poupará este a ser aplicado nos que sofreram com a violência e estão a ser confinados em campos de refugiados.

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