Nações Unidas, Nova Iorque, 18 Ago (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas adiou, por uma semana, a votação da resolução sobre a nova missão da ONU em Timor-Leste, que estava prevista para hoje, disse à Lusa fonte diplomática.
Segundo a fonte próxima das negociações que estão a decorrer na ONU, continua a não haver entendimento sobre a composição e atribuições das forças internacionais em Timor-Leste.
A Austrália, que tem o apoio dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão, quer continuar a liderar as operações militares.
Segundo o embaixador australiano nas Nações Unidas, Robert Hill, a ONU deve apenas concentrar-se "nos papéis que pode desempenhar eficientemente" e deixar a parte militar entregue às actuais forças no terreno, lideradas pela Austrália.
Os australianos gostariam de ver a sua missão enquadrada nos termos do Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que permite o uso da força para a manutenção da paz.
A maioria do Conselho de Segurança apoia, contudo, a proposta feita no relatório do secretário-geral, Kofi Annan, recomendando a constituição de uma força militar das Nações Unidas, de apoio a um maior contingente policial internacional.
Segundo Annan, um contingente limitado a 350 militares apoiaria uma força policial de 1.608 elementos.
O embaixador britânico junto da ONU, Emyr Jones Parry, defendeu que a constituição de uma nova força seria uma desnecessária perda de tempo, dada a presença militar australiana já existente.
Rosemary Banks, embaixadora na ONU da Nova Zelândia (outro dos países que têm tropas em Timor-Leste), alinha com a Austrália contra a internacionalização do contingente, alegando que a formação da nova polícia timorense deve ser entregue a um único país.
Portugal e a Malásia gostariam de ver as forças que presentemente estão em Timor-Leste substituídas por um contingente das Nações Unidas.
O mandato da actual missão da ONU em Timor-Leste, a UNOTIL, estabelecido no ano passado, deveria terminar domingo, 20 de Agosto, devendo ser prorrogado por mais uma semana, até à adopção da nova resolução.
MRF.
Detidos por tres dias e absurdo
ResponderEliminarDiz Ramos Horta, o homem sabido
Que o que diz caia em ouvido surdo
pois este palhaco nao faz sentido
Julgo que todos devem apoiar a posicao de SG da ONU, particularmente os timorenses.
ResponderEliminarAs actuais forças que presentemente estão em Timor-Leste devem ser substituídas por um contingente das Nações Unidas.
Por que razao a Australia quer liderar as Forcas? O que tem feito para acabar com situacao de inseguranca em Timor-Leste?
Que um contingente militar de 350 efectivos esteja sob o comando das nacoes unidas ou de um pais como a Australia e irrelevante a nao ser que seja de esperar que a situacao no pais se agrave de tal forma a ser mesmo necessario o uso da forca militar. Nao penso que sera esse o caso.
ResponderEliminarO mais importante e que a forca policial esteja firmemente sob o comando das Nacoes Unidas.
Tambem concordo que a formacao da policia timorense seja entregue a um so pais. A ineficacia associada a formacao feita por varios paises e hoje mais que evidente. Gostaria no entanto de ver essa responsabilidade atribuida a Portugal.
Anónimo das 12:30:19
ResponderEliminarApesar de todo o respeito e consideração pela sua opinião, sinto-me contudo sob obrigação de repensar alguns pontos e colocar uma certa dose de dúvida em relação a algumas questões. Se olharmos para a parte numérica da força militar constituída por 350 elementos e da polícia internacional constituída por 1600 elementos, parece-nos assim, à primeira vista, a sua opinião bastante lógica. Mas, recorrendo à metafora, como não há bela sem senão, ficou igualmente suspensa interrogação e dúvida relacionada precisamente com a ligação entre a força númerica e a disputa sobre o comando e a estrutura das forças. É intrigante o porquê da tanta disputa do comando das forças militares e a persistência no que respeita se a estrutura será sob forma de "capacetes verdes" ou de "capaecetes azuis"? Porquê 350 militares estão a causar tanto esforço militar e diplomático de um núcleo de países?
Persistindo a dúvida decidi consultar alguns conhecidos meus, peritos em matéria, só para perceber os porquês. Em suma, cheguei à conclusão que o número representa apenas um engano óptico, pois pelo que me foi explicado esse número é suficiente para se garantir a capacidade de intervenção. Paralelamente, uma força policial composta por polícias de diversos países espelhados por todo o país, sem uma estrutura de comando uniforme, e não se tratando da polícia de intervenção sem os meios adequados para o tal efeito, não teria a capacidade de intervenção.
Em situações como se têm verificado em Timor-Leste, onde o perigo no âmbito de segurança vem do interior, do próprio país, em forma de motins e tipos de ataque que se assemelham aos de "gangs", uma força militar pouco ou pouco mais que isso pode realmente fazer. Apenas uma polícia de intervenção como é a GNR, ou a título de exemplo algumas unidade dos Carabinieri, dispõe de meios adequados.
Visto a GNR agradar uma grande parte da população, mas ao mesmo tempo desagradar aquela fracção cujo interesse, qualquer que seja a razão disso, seja continuar semear o medo e o terror e igualmente algumas forças políticas e militares cujos interesses poderiam ser postos numa rouleta.
Imaginemos, sublinhando e voltando a sublinhar a palavra, que num futuro próximo, e no cenário ideal das eleições, houvesse alguma desordem grave, o que no actual contexto do país não seria nada de novo e de surpreender, em que a polícia da ONU mostrasse a incapacidade de controlar a situação, e com a GNR hipoteticamente fora do país, quem é que seria único responsável pela segurança? Não é então nada de estranhar tanto esforço e suor diplomático para se conseguir o comando militar sob chapéu de um único país.
É ponto assente que a GNR continuará em Timor-Leste e que Portugal enviará mais algumas dezenas de polícias regulares (GNR e PSP).
ResponderEliminarA única dúvida continua a ser a força militar: Austrália ou ONU?
Howard sempre disse que as forças australianas só permaneceriam em TL enquanto fossem precisas e desejadas. Parece-me que afinal está a fazer tudo ao contrário, pois agora diz que não sai e pronto.
Para além de esta atitude arrogante ser uma afronta a TL e à ONU, não se admite que uma força que não faz nada para parar a violência queira substituir a ONU, só porque tem o apoio dos seus amigos UK e US.
Faz lembrar a Indonésia em 1999, que também dizia que se ocuparia da segurança. Viu-se...
Se a FRETILIN quisesse que a Austrália saísse ou ficasse debaixo do "chapéu" da ONU, só teria que fazer passar uma resolução no Parlamento a sublinhar isso mesmo.
ResponderEliminarPorque não o faz?
Como se diz em australês: Put your money where your mouth is.
E isso exactamente que o Horta, discipulo dos "Gringos" e dos "Kangurus", nao quer fazer! Faz parte do plano!
ResponderEliminarO Horta é que controla o Parlamento?
ResponderEliminarO Horta é que controla o Parlamento?
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