Díli, 01 Ago (Lusa) - O combate à pobreza e a preparação de eleições dentro de nove meses são os principais pontos do programa do II Governo Constitucional, aprovado hoje no parlamento numa votação que o primeiro-ministro José Ramos-Horta classificou de quase unanimidade.
Dos 71 deputados presentes, apenas dois votaram contra e um absteve-se.
Tendo pela frente cerca de nove meses de governação, Ramos- Horta fixou no discurso de apresentação do documento oito áreas prioritárias de actuação: a reconciliação, a consolidação da segurança e reforma das instituições da defesa e segurança, eleições legislativas e presidenciais, a redução da pobreza e crescimento económico e a boa governação.
O desenvolvimento e consolidação das relações com os países amigos, de que destacou Portugal, Indonésia e a Austrália, a finalização da demarcação da fronteira terrestre com a Indonésia, e a ratificação do acordo sobre a exploração petrolífera conjunta com a Austrália, do campo "Greater Sunrise", são as restantes áreas prioritárias de actuação.
Durante o debate, o primeiro-ministro evocou os receios que persistem entre a população deslocada de Díli em regressar às respectivas áreas de residência devido a questões humanitárias e de segurança.
A capital timorense continua a ser patrulhada por efectivos policiais e militares da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, países que corresponderam ao pedido das autoridades para assegurarem a imposição e manutenção da lei e ordem públicas.
Ramos-Horta anunciou ainda que já se encontram em Díli 50 peritos que integram a Comissão de Investigação Internacional, que levarão a cabo o processo de investigação sobre os actos de violência ocorridos entre 28 de Abril e 25 de Maio passado.
Aquela Comissão, liderada pelo brasileiro Sérgio Pinheiro - que deverá chegar a Díli em meados deste mês -, vai elaborar um relatório que será posteriormente entregue ao Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
O programa do II Governo Constitucional, cujo debate se iniciou segunda-feira, segue a mesma base política e linha programática do anterior executivo, liderado por Mari Alkatiri, designadamente na execução do Plano Nacional de Desenvolvimento, que se encontra em vigor e determina as opções de longo prazo do governo.
Ainda no discurso de apresentação do programa, Ramos-Horta salientou que a FRETILIN, partido maioritário, continua a constituir a base de apoio do seu executivo.
José Ramos-Horta substituiu Mari Alkatiri no passado dia 10, na sequência da demissão de Alkatiri, a 26 de Junho, e no âmbito da crise político-militar desencadeada em finais de Abril.
Relativamente ao Orçamento de Estado, enviado na semana passada ao parlamento, e que prevê receitas que totalizam 315 milhões de dólares (246 milhões de euros), a proposta de lei baixou à Comissão de Economia e Finanças, devendo o debate e votação serem feitos antes do próximo dia 15, disse fonte parlamentar à Lusa.
EL.
"Dos 71 deputados presentes, apenas dois votaram contra e um absteve-se."
ResponderEliminarAinda faltam 18 deputados? Quem sao eles e a que bancada partidaria pertencem? Isto e muito interessante. Sera que a Fretilin teve todos os seus deputados presentes? Sim, Nao? Pelos vistos as divisoes sao bem profundas!
18 deputados representam cerca de 90,000 eleitores. E muita fruta e mais que suficiente para influenciar os resultados de uma eleicao.
ResponderEliminarEstou ansioso para ver os resultados das proximas eleicoes!!
Senhor Ramos Horta, daqui a nove meses quero ver um bebe contente, sorrindo e cheio de saude e nao um aborto!
ResponderEliminarAnónimo das 11:55:23 PM: há uns 12 partidos no Parlamento nacional, mas a sua obsessão tinha que ser a Fretilin. Não se preocupe tanto, a Fretilin está bem e recomenda-se. E olhe que os que faltaram foram 17.
ResponderEliminarEspera-se, para bem dos timorenses que continue assim bem como tem estado nas últimas semanas.
ResponderEliminarNa semana passada queimaram mais casas em Dili e apedrejaram campos de deslocados e ainda há 150,000 deslocados. Eu não quero a continuação destas ignomínias.
ResponderEliminarE a culpa do Mari. Ele perdeu a credibilidade. Os apoinates dele tambem gritaram Viva Xanana,isto mostra que alem dos apoiantes do Xanana, os apoiantes do Mari tambem apoiam ou tem uma certa confianca em Xanana.
ResponderEliminarOra bem anonimo das 4:40:14 PM. E assim que se fala. Esta na cara nao esta? E quem e que se levantou para defender o Alkatiro? umas 4 mil almas enganadas? Esse numero nem chega para eleger um deputado ao Parlamento.
ResponderEliminarNinguém quer mais casas queimadas nem mais clima de insegurança em Timor.
ResponderEliminarMas não é por a Margarida querer ou deixar de querer. É porque não é justo que isto continue.
A forma como a Margarida "quer" até me dá arrepios na espinha. Sempre que os camaradas dela "queriam" (quando ainda tinham voz para querer alguma coisa), dava asneira.
Felizmente que o povo português se encarregou de os reduzir a apropriada irrelevância.
O povo de Timor, como tem demonstrado, tem a mesma vontade de liberdade e não se deixará mais enganar.
O RH nao pode ter bebes!
ResponderEliminarMas a Margarida tem abortos diarios.
Outro ignoramus escreveu as 10:04:17
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