segunda-feira, julho 10, 2006

Ramos-Horta elege consolidação segurança como prioridade do governo

Díli, 10 Jul (Lusa) - A consolidação da segurança em Díli e em Timor-Leste , e o regresso às áreas de residência dos milhares de deslocados são as tarefas imediatas do novo governo, disse hoje José Ramos-Horta, primeiro-ministro timore nse hoje empossado.

"Este governo que acaba de tomar posse tem apenas nove meses de governação , até Maio de 2007", acentuou Ramos-Horta no discurso de posse, referindo-se à d ata constitucionalmente prevista para a realização de eleições legislativas.

Falando dos cerca de quatro anos em que ocupou a pasta dos Negócios Estran geiros no anterior governo, José Ramos-Horta disse que não aprendeu muito com o seu antecessor na chefia do governo, Mari Alkatiri.

"Infelizmente, não posso dizer que aprendi muito com o primeiro-ministro M ari Alkatiri durante os quatro anos de governação. Eu estava ausente mais de met ade do ano e quando estava no país não me entusiasmava muito com as prolongadas sessões do conselho de ministros", justificou.

Relativamente à equipa governativa que o vai acompanhar nos próximos nove meses, Ramos-Horta manifestou "total confiança" nos dois vice-primeiros-ministro s, a quem reconheceu muito mais experiência de governação.

"Tenho uma equipa governamental dedicada e experiente, que tomará posse ai nda esta semana. Por isso, acredito, que o peso da governação será mais leve", d isse.

No seu discurso, primeiro lido em português e depois em tétum, Ramos-Horta abordou ainda a sua frustrada "corrida" à secretaria-geral das Nações Unidas.

"Até algumas semanas atrás, alguns amigos e poucos admiradores faziam-me a creditar que eu poderia passar a ocupar o 38º piso do Palácio de Vidro, no East River, em Manhattan. Tenho outra missão aqui. Nunca seria um bom secretário-gera l da ONU se não soubesse ser um bom timorense, e um bom timorense deve estar no seu país e com o seu povo em momentos de crise", disse.

"Talvez em 2012. Agora o mundo tem que esperar", concluiu.

EL.

5 comentários:

  1. Oh Se PM, se nao aprendeu com Mari Alkatiri poruqe nao teve tempo e nem tempo teve tambem para as rpolongadas sessoes do Conselho de Miistros, o que vai fazer agora sentado no lugar de PM? Por os dois vices a trabalhar, organizar e controlar enquanto o senhor passeia para dar as suas bocas?Entao aceitou ser PM so por capricho do golpista Jose?
    Que pena, que tristeza, que miseravel eh o sr PM.

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  2. As partes do discurso que o Malai Azul ou JMS jamais iria destacar.


    “Falhámos em outras áreas. Falhámos na área de segurança interna; falhámos no diálogo com o povo; somos acusados de insensibilidade e arrogância; a corrupção começou a invadir as instituições do Estado;… Em pouco tempo conseguimos criar por nós e para nós uma teia burocrática que mina as nossas melhores intenções e decisões políticas e abre as portas para a corrupção.”

    ”Infelizmente, não posso dizer que aprendi muito com o Primeiro-Ministro Mari Alkatiri durante os quatro anos de governação. Eu estava ausente mais de metade do ano e quando estava no país não me entusiasmava muito com as prolongadas sessões do Conselho de Ministros.”

    ”Vamos simplificar as leis e a burocracia para que elas não sejam um entrave ao desenvolvimento do país. O chamado “procurement” e os concursos ou “tenders” tem que ser mais transparentes e também mais rápidos.”

    ”Este governo não vai arranjar desculpas para a inércia.” (havia sempre desculpas do anterior)

    ”Os pobres e esquecidos das zonas rurais serão a nossa preocupação central…; “ (ou seja a maioria dos timorenses)

    “A Igreja Católica Timorense é a única instituição secular contínua, sólida, aglutinadora do tecido social timorense.”

    ”Timor-Leste tem uma experiência histórica singular que se confunde com a história da Igreja. O povo timorense é um povo profundamente espiritual cujo dia a dia é inspirado e influenciado pelos espíritos do passado e por crenças sobrenaturais que se confundem nas crenças cristãs.”

    ”Não podemos por isso mesmo importar ou impor modelos modernos do dito secularismo ou laicete europeus e assim perturbar essa simbiose animista-cristã timorense.”

    ”O Estado timorense irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para minimizar o sofrimento e as dificuldades das viúvas e dos órfãos dos nossos heróis.”

    Nós não soubemos gerir os problemas que surgiram no seio das duas instituições. Esta nossa falha resultou na crise que afectou toda a Nação. Ao Povo, aos Membros das F-FDTL e da PNTL, traídos pela elite política da qual faço parte, eu peço as mais humildes desculpas. (ou seja o governo do qual ele fazia parte)

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  3. "Talvez em 2012. Agora o mundo tem que esperar"

    Coitado do mundo... será que até lá a terra vai girar, o sol nascer, as plantas crescerem...?

    Terá o mundo de abdicar de tão ilustre figura em prol da causa timorense?

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  4. Depois deste discurso todo querem apostar como vai ser o novo Governo?
    Nao vao acreditar!

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  5. Aplicado ao próprio Ramos-Horta esta é a pura das verdades: “Falhámos em outras áreas. Falhámos na área de segurança interna (andou em paleio com os amotinados ele e o PR e só empataram); falhámos no diálogo com o povo (e particularmente com os seus representantes eleitos, os deputados, pois prefere as conversinhas com os bispos e ONG's); somos acusados de insensibilidade e arrogância (até quando cá estava não ía às reuniões do conselho de ministros, quer-se maior exemplo de individualismo?); a corrupção começou a invadir as instituições do Estado (ele lá disso deve saber, pois se nem o seu ministério controlava...);… Em pouco tempo conseguimos criar por nós e para nós uma teia burocrática que mina as nossas melhores intenções e decisões políticas e abre as portas para a corrupção (e pelos vistos não está satisfeito, para empatar mais agora até quer criar um parlamento alternativo a que chama de conselho consultivo, mas claro com os amigos da "sociedade civil e das ONG's, os tais que ninguém sabe quem os elegeu e qual a sua representatividade).” etc., etc. etc.

    Mas a mais hilariante é o paleio "”Não podemos por isso mesmo importar ou impor modelos modernos do dito secularismo ou laicete europeus e assim perturbar essa simbiose animista-cristã timorense.” Mas o que é a sociedade civil, as ONG's, por exemplo? Querem ver que são genuíno produto made in Timor? Um gajo que durante 4 anos foi ministro que se gaba de não ter posto os pés em conselhos de ministros, que quer complicar a burocracia, metendo na engrenagem os amigos da bendita "sociedade civil", que chama mandriões aos funcionários público, que tira o tapete ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas andando desde Fevereiro em reuniões e reuniõezinhas com assassinos confessos de militares timorenses, que quer dar mais massa à igreja católica e mais "díálogo" aos muçulmanos e protestantes, que há mais de um mês dizia que a GNR iria controlar Dili ("dentro de dias ou semanas") mas que nada resolveu, que agradeceu a vinda de governantes australianos, neozelandezes, malários e indonésios mas que ESQUECEU a ida dum governante português, merece o benefício da dúvida? Ora!

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