Díli, 07 Jul (Lusa) - O nome do futuro primeiro-ministro de Timor-Leste deverá ser anunciado sábado, depois de um novo encontro entre o Presidente Xana na Gusmão e a FRETILIN, disse hoje em Díli o porta-voz do partido no poder.
Estanislau da Silva, que falava à imprensa no final de um encontro de t rês horas e meia entre uma delegação da FRETILIN e o chefe de Estado, escusou-se a fornecer pormenores sobre quem irá ser designado.
"O encontro correu muito bem. O objectivo de todos é ver como sair dest a situação e criar um governo para gerir os assuntos do país", disse.
"Apresentámos uma lista de nomes, mas não dizer quais são, nem quantos são", acrescentou.
Estanislau da Silva adiantou que o nome a indicar sairá da lista, aprov ada pela Comissão Política Nacional da FRETILIN no passado fim-de-semana.
Fonte partidária tinha anteriormente dito à Lusa que a lista que iria s er entregue a Xanana Gusmão integra os nomes de José Ramos Horta, ministro de Es tado, dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e da Defesa, Rui Araújo, ministr o da Saúde, ambos independentes, e o próprio Estanislau da Silva, ministro da Ag ricultura, Florestas e Pescas e membro do Comité Central da FRETILIN.
"O novo primeiro-ministro tem que ter a confiança da FRETILIN, tendo em conta a Constituição e tratar-se do partido com maior número de assentos no par lamento. Tem de estar minimamente vinculado à FRETILIN", frisou.
O anterior primeiro-ministro, Mari Alkatiri, pediu a demissão do cargo no passado dia 26 de Junho e o executivo passou a ser coordenado por José Ramos Horta.
Horta, um dos fundadores da FRETILIN, partido que abandonou durante a o cupação indonésia de Timor-Leste, tem sido apontado como m dos principais candid atos à chefia do governo, que irá preparar as próximas eleições, previstas para Abril ou Maio de 2007.
Caso fracassem os contactos para a formação deste executivo, Xanana Gus mão poderá dissolver o Parlamento, optando pela antecipação da ida às urnas, nes te caso ainda em Novembro deste ano, segundo admitiu a semana passada fonte ofic ial.
Embora a Constituição de Timor-Leste seja omissa quanto à existência de governo de gestão, fonte oficial disse à Lusa "ser entendimento do Presidente e do ex-primeiro-ministro que a necessidade de assegurar a governação corrente im plicou a assunção pelo 'número dois' do governo a coordenação governamental".
José Ramos Horta disse no passado dia 30 de Junho à Lusa que Mari Alkat iri lhe pediu para coordenar o governo, porque "não está em condições de exercer [o cargo de primeiro-ministro] no dia-a-dia".
A FRETILIN elegeu 55 dos 88 deputados do Parlamento de Timor-Leste.
EL.
Há dois dias (6 e 7 de Julho) que, nem o Diário de Notícias, nem o Público, dois dos diários ditos de referência em Portugal, publicam uma só notícia sobre Timor. A quem anda a vender, a Lusa, o seu labor?
ResponderEliminarO DN de hoje tem um comentario, na seccao 'Economia', de Antonio Peres Metelo, sobre TL.
ResponderEliminarPeres Metelo? Economia?! Comentário?! Referia-me a notícias do quotidiano timorense e não a considerações bafientas de quem muito haveria de ter que prestar contas, Peres Metelo, pois claro!, sobre o estilo da cooperação portuguesa em Timor. É que, o grão a grão das batotas praticadas, foi alimentando os galos que, agora, lutam no terreiro martirizado que Timor é.
ResponderEliminarAnónimo das 6:44:34 PM: tem toda a razão. E não são só estes dois, também o Correio da Manhã e o Jornal de Notícias. Para já nem falar das rádio e televisões. E a tal notícia de que afinal o Lobato não tinha "entalado" o Xanana, antes pelo contrário, foi simplesmente sonegada (com aquela excepção que eu apontei ao DN). Isto é, enquanto as notícias serviam para demonizar o PM, traziam quase todos os dias páginas inteiras. Demonizado o homem, calam-se. Mas dizem que isto é liberdade de expressão e medias livres. Pelo menos da ética estão eles livríssimos.
ResponderEliminar