quarta-feira, julho 26, 2006

Nem os australianos aguentavam mais. Good job guys!


Major Alfredo Reinado está detido em Díli por posse ilegal de armas


Díli, 26 Jul (Lusa) - O major Alfredo Reinado, e cerca de 20 dos seus homens, encontram-se detidos por posse ilegal de armas no Centro de Detenção das forças militares e policiais internacionais estacionadas em Timor-Leste, disse hoje à Lusa fonte militar.

A detenção foi justificada com a posse de material de guerra por parte do major Alfredo Reinado, detectado terça-feira pela GNR, no decurso de uma operação policial de rotina.

O arsenal foi encontrado em três casas, uma delas atribuída segundo Alfredo Reinado pelo Presidente da República, Xanana Gusmão, e as restantes duas ocupadas pelo major rebelde, a cerca de 10 metros do Quartel-General das forças militares australianas.

A detenção foi feita ao abrigo do Protocolo bilateral entre Timor-Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergência enunciadas no passado dia 30 de Maio por Xanana Gusmão.

Hoje, o comandante operacional da GNR, capitão Gonçalo Carvalho, apresentou à imprensa a totalidade do arsenal que estava ilegalmente na posse do major Reinado, e de que constam nove pistolas, quatro de calibre 0,45 Auto e cinco de calibre 9, mais de 4 mil munições para espingarda automática e pistola, granada s, cinco rádios de transmissões, dois bastões extensíveis, cinco punhais, três catanas e equipamento militar diverso, entre o qual coletes à prova de bala e cinturões.

Em declarações à Lusa, o capitão Carvalho acrescentou que o material de guerra vai agora ser depositado num contentor onde se encontra outro material d e guerra pertencente às forças armadas timorenses, no Quartel-General de Taci Tolo, à entrada de Díli.

A GNR e as tropas australianas, bem como polícias e militares da Nova Zelândia e Malásia, encontram-se em Timor-Leste a pedido das autoridades timorenses para garantirem a manutenção da ordem pública, na sequência da crise político -militar desencadeada em finais de Abril.

O major Alfredo Reinado abandonou no início de Maio a cadeia de comando das forças armadas timorenses e foi um dos principais intervenientes na crise político-militar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa - à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal - para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

Aquele militar foi o primeiro a devolver as armas no âmbito de um processo de desarmamento entre as partes beligerantes na crise timorense e, agora, foi também o primeiro apanhado com armamento depois de ter expirado o prazo para a sua entrega, que terminou às 14 horas da passada segunda-feira.

EL.


Nota:

O General Slater disse "Chega!". O exemplo do profissionalismo e do brio da GNR foi a gota de água para os oficiais australianos, saturados de serem acusados de sustentarem o desrespeito pela Lei.

Mais vale tarde que nunca...


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4 comentários:

  1. Ate que enfim! Que esse canalha apodreca la dentro da prisao, em companhia de seus cumplices.
    Viva Timor, Livre de Canalhas e Democratico. Viva a GNR, abaixo o Slater e seu scum!
    Mau Beick

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  2. Algo me diz que tudo não passa de uma estratégia à caça de talentos australiana. Ao deter maestro Reinando e a sua companhia filarmónica antes que a GNR o fizesse assegurarão que o dom musical de Reinado não se torne público. Egoístas! Estão nos tirar o prazer de ouvir canções que mais gostaríamos de ouvir.

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  3. Concerteza que nas maos dos australianos o Reinado vai estar practicamente de ferias e de roda dos BBQs e VB!

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  4. Mas que inocência!
    Será que o "Tótó" do Reinado ainda não percebeu que é descartável?
    Reparem que os aussies chamam a si a captura do "líder" Reinado!
    Está bom de ver que assim controlam-no melhor...quando (e se) for interrogado e perceber que os "padrinhos" já não poderão dar-lhe apoio, por estarem implicitamente a colocar-se à margem da Lei.
    Este será o drama do Reinado!
    Mas a novela continua e das duas uma: ou o cavalheiro é julgado e detido, ou o libertam com um julgamento "fantasma", o que é uma grandecissima bronca, isto é, um descrédito total do actual poder (à força) instituído.
    Mas a "barraca" poderá ser muito maior se o detido (legalmente) se sentir incomodado e traído e "botar a boca no trombone"! Isto é, contar a sua versão da história e acusar aqueles que o induziram ao golpe!
    Confesso que não sei qual é mais dramático. Mantê-lo preso (se não "fugir" da prisão timorense...que se sabe como é) ou libertá-lo "legalmente".
    Estou (estamos)cá para ver!
    The show must go on! Eh...Eh...!
    PS: como se sentirão os aussies? Viva a GNR! Coragem rapazes!

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