Rebeldes prontos a entregar armas - comandante australiano
Díli, 15 Jun (Lusa) - Os militares rebeldes timorenses estão prontos a entregar as suas armas, anunciou hoje em Díli o comandante das forças australianas, brigadeiro Mick Slater.
"Estamos no processo de acertar a maneira de eles entregarem as suas armas, e há indicações que eles vão respeitar esse compromisso", adiantou aquele militar, citado pela Associated Press.
"Estou confiante que devemos iniciar o processo de recolha de algumas armas ainda hoje ou então amanhã (sexta-feira)", acrescentou.
O número o tipo de armas em poder dos rebeldes, liderados pelo major Alfredo Reinado, que se encontra nas montanhas em Maubisse, a cerca de 60 quilómetros de Díli, é desconhecido.
Os rebeldes, entre os quais cerca de 600 que protagonizaram em finais de Abril uma manifestação na capital timorense, abandonaram a cadeia de comando na sequência de combates opondo efectivos das forças armadas contra civis, e que se seguiram confrontos entre grupos de civis armados em vários bairros de Díli, que forçaram dezenas de milhar de pessoas a procurar refúgio em dezenas de campos de acolhimento espalhados pela cidade.
Na passada semana, em declarações à Lusa, o major Alfredo Reinado reconheceu que preferia o diálogo à força, remetendo para os políticos a resolução da crise político-militar.
O anúncio do brigadeiro Mick Slater é feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmão ter anunciado em mensagem ao Parlamento que tinha chegado a hora de se passar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.
Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.
Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de Maio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para ajudarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Nacional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.
EL.
E o Reinado é um "Major" obediente às suas hierarquias superiores!
ResponderEliminarTimor é um palco...