Díli, 10 Jun (Lusa) - Uma patrulha militar australiana tomou de assalto uma casa em Díli onde vivem médicos cubanos em serviço em Timor-Leste, actuando com base em informação de que alegadamente haveria armas no local, disse hoje à Lusa fonte governamental.
Segundo o ministro da Saúde timorense, Rui Araújo, sexta-feira à noite, uma patrulha australiana cercou um edifício na zona de Delta Comoro (zona ocidental da capital) alugado a alguns dos cerca de 220 médicos e enfermeiros cubanos em Timor-Leste, que estavam na altura a prestar apoio a deslocados nos campos de acolhimento em Díli.
"Eles chegaram ao local, falaram com os jovens que estavam a guardar a casa, que lhes disseram que os médicos não estavam, mas que podiam ir buscar as chaves", disse Araújo.
"Mas alguém da patrulha e a pessoa que o acompanhava insistiram que no local haveria armas e os soldados rebentaram as portas e entraram", afirmou.
Rui Araújo disse que o incidente foi de imediato comunicado ao ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa timorense, José Ramos- Horta, que terá visitado o local ainda durante a noite de sexta-feira.
"Esta não é a melhor forma de tratar cidadãos em Timor-Leste, estrangeiros ou timorenses. Se realmente tiverem informação, e em casos como estes, falam a bem e não é preciso arrombar as portas todas", afirmou o governante.
Rui Araújo disse ainda que os jovens no local "ofereceram-se para ir buscar as chaves e explicaram que a casa era de médicos, mas eles não quiseram saber e arrombaram as portas".
Residentes no local disseram à Lusa que os militares australianos não encontraram armas na residência, nem procederam a detenções.
Um porta-voz de José Ramos-Horta escusou-se a avançar com pormenores sobre o caso, limitando-se a explicar que o governante timorense "falou com todo o pessoal necessário".
O porta-voz das forças australianas em Timor-Leste, major James Baker, disse à Lusa não dispor de pormenores sobre o incidente sobre o qual referiu que se irá proceder a indagações.
ASP.
Lusa/Fim
São estes "métodos" que incluem arrombamento de portas e entrada forçada em casas particulares, SEM autorização judicial, que os aussies querem banalizar e por isso NÃO lhes servem as leis de Timor-Leste...
ResponderEliminarEstavam os australianos procurando uma foice e um martelo?
ResponderEliminarAC
Br
Ou um estetocópio?
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