devem estar malucos....sao mais 15 mil pessoas a marchar para dili sem contar com os de dili....devem e estar aki para verem e pararem de falar merdas, seus palhacos...
Cerca de três mil manifestantes do distrito de Ermera deixaram ontem a capital. No final de um dia tenso, com várias casas queimadas, ameaças a dirigentes da Fretilin, e confrontos entre elementos lorosae deslocados e os manifestantes anti- -Alkatiri. Díli está agora despovoada, com pequenos grupos a causarem distúrbios. O campo está aberto para os lorosae, que aguardam há três dias às portas da capital, em Metinaro, para entrar na cidade.
Só ao cair da noite surgiu a informação de que a delegação da Fretilin, que se dirigiu a Metinaro para informar os militantes de que era mais sensato entrarem hoje na cidade, conseguiu os seus intuitos. Logo pela manhã, a massa de povo vindo da zona leste vai entrar na cidade e, pela primeira vez desde Abril, deverão ouvir-se na capital gritos a favor do primeiro-ministro demissionário.
A noite de terça-feira para ontem foi muito agitada, com várias casas a serem incendiadas e mais de uma dezena de jovens detidos. Dirigentes da Fretilin foram ameaçados e tiveram que abandonar as suas casas.
Apesar de todas as medidas preventivas, ontem, o comandante das forças australianas, general Slater, reuniu-se com os dirigentes da Fretilin para estudar um plano de entrada na cidade. Ficou acordado que os mais de dez mil manifestantes terão de entrar acompanhados dos militares e serão sujeitos a apertadas medidas de segurança. Todos serão revistados e o movimento dos camiões controlado.
Confrontos
O dia ficou marcado por grande agitação. As lojas fecharam quase todas. Colunas de fumo foram perseguidas por grupos de jornalistas ao longo de todo o dia por toda a cidade. Casa a casa, alguns grupos quiseram deixar a sua marca.
Resta saber se hoje haverá retaliações quando as gentes de Leste verificarem o que tem acontecido às residências dos seus familiares em Díli. Até porque a maior parte dos bairros onde residem os lorosae está deserta. Os proprietários ou fugiram para as suas terras - e estarão de regresso hoje - ou estão nos campos de deslocados espalhado pela cidade.
Junto ao porto de Díli, onde existe um campo de deslocados, começaram as provocações. É impossível saber quem começou, mas a dada altura decorria uma batalha campal entre o grupo anti-Alkatiri, vindo de Ermera, e acampado junto ao porto, e os deslocados, maioritariamente de lorosae. "Nós somos refugiados, não percebo porque vieram provocar- -nos, disseram para voltarmos para Lorosae", lamentava Marcelino Afonso, um dos deslocados. Mais à frente, passado o cordão criado pelas forças australianas, dizia Tata Mailau, de Ermera: "As nossas gentes vão à cidade comprar água, cigarros, passam ali e começam a provocar-nos, a atirar pedras."
O confronto obrigou os militares australianos a fechar a rua apontando metralhadoras aos dois grupos. A situação acalmou, então, em poucos minutos. Ao fim do dia, o grupo de Ermera deixou Díli. O DN acompanhou os mais de cem camiões até às montanhas, havendo líderes dos grupos a dizer que pretendiam ficar às portas da cidade, em Tibar, para o que desse e viesse. Mas acabaram por voltar para as suas casas.
No país dos rumores, o rastilho foi ateado por uma mensagem que passou muito rapidamente. Viram as imagens da véspera de Alkatiri a falar em Hera, e retiveram apenas a parte em que ele diz que não foi a Fretilin a provocar os distúrbios em Díli, mas um pequeno grupo de loromonus. Foi o bastante. A vingança era o prato a servir.
Outros, entenderam que a televisão timorense não podia transmitir imagens de Alkatiri, já que ele deixou de ser primeiro-ministro. Então, ontem de manhã, apedrejaram o edifício da TVTL. Hoje já não há noticiários. "Não temos condições de segurança para trabalhar", dizem os funcionários da televisão estatal.
Críticas
A actuação dos militares australianos é que não está a agradar a ninguém. Ontem, um português que presenciou o momento em que uns jovens incendiaram uma casa no centro da cidade estava revoltado: "Eram 25 miúdos. Começaram a causar o pânico nas lojas, a apedrejar e a ameaçar toda a gente, chamámos as forças australianas, vieram tarde e depois queriam prender-me a mim porque protestei pelo trabalho que fizeram."
Timor Leste: o golpe que mundo não percebeu por John Pilger
Descreve-se aqui a fase mais recente da luta de Timor Leste pela independência. Na década de 1990 John Pilger foi clandestinamente cobrir aquele país. Agora, um dos mais novos e mais pobres estados do mundo enfrenta o poder esmagador do seu grande vizinho, a Austrália. O prémio, mais uma vez, é petróleo e gás. No meu filme de 1994, A morte de uma nação (Death of a Nation) há uma cena a bordo de um avião a voar entre o norte da Austrália e a ilha de Timor. Decorre uma festa; dois homens engravatados estão a brindar-se com champanhe. "Isto é um momento histórico único", exulta Gareth Evans, ministro das Relações Exteriores da Austrália, "um momento histórico verdadeiramente único". Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, estavam a celebrar a assinatura do Tratado do Estreito de Timor (Timor Gap Treaty), o qual permitiria à Austrália explorar as reservas de gás e petróleo no fundo do mar de Timor Leste. O prémio supremo, como disse Evans, eram "zilhões" de dólares.
O conluio da Austrália, escreveu o Professor Roger Clark, uma autoridade mundial em direito do mar, "é como adquirir material a um ladrão ... o facto é que eles não têm direito histórico, nem legal, nem moral sobre Timor Leste e os seus recursos". Debaixo deles jazia uma pequena nação então a sofrer uma das mais brutais ocupações do século XX. A fome imposta e o assassínio extinguiram um quarto da população: 180 mil pessoas. Proporcionalmente, isto foi uma carnificina maior do que aquela no Cambodja sob Pol Pot. A Comissão da Verdade das Nações Unidas, que examinou mais de 1000 documentos oficiais, relatou em Janeiro que governos ocidentais partilharam responsabilidades pelo genocídio; pela sua parte, a Austrália treinou a Gestapo da Indonésia, conhecida como Kopassus, e seus políticos e jornalistas principais divertiram-se junto com o ditador Suharto, descrito pela CIA como um assassino em massa.
Actualmente a Austrália gosta de apresentar-se como um vizinho prestativo e generoso de Timor Leste, depois de a opinião pública ter forçado o governo de John Howard a enviar uma força de manutenção da paz da ONU seis anos atrás. Timor Leste é agora um estado independente, graças à coragem do seu povo e à tenaz resistência dirigida pelo movimento de libertação Fretilin, que em 2001 ganhou o poder político nas primeiras eleições democráticas. Nas eleições regionais do ano passado, 80 por cento dos votos foram para a Fretilin, dirigida pelo primeiro-ministro Mari Alkatiri, um "nacionalista económico" convicto, que se opõe à privatização e à interferência do Banco Mundial. Um muçulmano secular no país sobretudo Católico Romano, ele é, acima de tudo, um anti-imperialista que enfrenta as exigências ameaçadoras do governo Howard por uma partilha injusta das benesses do petróleo e do gás do Estreito de Timor.
Em 28 de Abril último uma secção do exército timorense amotinou-se, ostensivamente acerca de pagamentos. Uma testemunha ocular, a repórter de rádio australiana Maryann Keady, revelou que oficiais americanos e australianos estavam envolvidos. Em 7 de Maio Alkatiri descreveu os tumultos como uma tentativa de golpe e disse que "estrangeiros e gente de fora" estavam a tentar dividir o país. Um documento escapado da Australian Defence Force revelou que o "primeiro objectivo" da Austrália em Timor Leste é "ganhar acesso" para os militares australianos de modo a que possam exercer "influência sobre os decisores de Timor Leste". Um "neo-con" bushista não teria dito melhor.
A oportunidade para "influenciar" surgiu em 31 de Maio, quando o governo Howard aceitou um "convite" do presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, e do ministro das Relações Exteriores, José Ramos Horta – que se opõem ao nacionalismo de Alkatiri – para enviar tropas para Dili, a capital. Isto foi acompanhado por reportagens tipo "nossos rapazes vão salvar" na imprensa australiana, juntamente com uma campanha de difamação contra Alkatiri como um "ditador corrupto". Paul Kelly, antigo editor-chefe do Australian de Rupert Murdoch, escreveu: "Isto é uma intervenção altamente política ... a Austrália está a operar como uma potência regional ou um hegemonista político que modela a segurança e o porvir político". Tradução: a Austrália, tal como o seu mentor em Washington, tem um direito divino a mudar o governo de um outro país. Don Watson, redactor dos discursos dos antigo primeiro-ministro Paul Keating, o mais notório apologista de Suharto, incrivelmente escreveu: "A vida sob uma ocupação assassina pode ser melhor do que a vida num estado fracassado..."
Ao chegar com uma força de 2000 homens, um brigadeiro australiano voou de helicóptero directamente para o quartel general do líder rebelde, major Alfredo Reinado — não para prendê-lo pela tentativa de derrubar um primeiro-ministro democraticamente eleito, mas para cumprimentá-lo calorosamente. Tal como outros rebeldes, Reinado foi treinado em Canberra.
Dizem que John Howard ficou agradado com o título de "vice-xerife" do Pacífico Sul, atribuído por George W. Bush. Recentemente ele enviou tropas para reprimir uma rebelião nas Ilhas Salomão, e oportunidades imperiais acenam em Papua Nova Guiné, Vanuatu e outras pequenas nações insulares. O xerife aprovará.
22/Junho/2006 O original encontra-se em New Statesman e em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=402
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Porém que o vento leve estas palavras até aos irmãos que estão lá fora, que os Gadapaski [Jovens Guardas em Defesa da Integração] estão no nosso território, castigam os jovens até ficarem bem moídos. Assim, em Moçambique, Rogério tentou adquirir pengalaman [experiência] para se matarem uns aos outros e Ramos-Horta ficou preso. Naquele tempo, o Presidente Chissano, ainda como Ministro dos Negócios Estrangeiros, é que foi libertá-lo. Se acharem que estou a mentir, perguntem-lhes porque eles é que estavam em paz para estudarem, para serem doutores, durante 24 anos em Moçambique.
devem estar malucos....sao mais 15 mil pessoas a marchar para dili sem contar com os de dili....devem e estar aki para verem e pararem de falar merdas, seus palhacos...
ResponderEliminaressa vossa media tb ja comecou a contar mal...
VIVA FRETILIN
Díli quase deserta à espera da Fretilin
ResponderEliminarJoão Pedro Fonseca Em Díli
Cerca de três mil manifestantes do distrito de Ermera deixaram ontem a capital. No final de um dia tenso, com várias casas queimadas, ameaças a dirigentes da Fretilin, e confrontos entre elementos lorosae deslocados e os manifestantes anti- -Alkatiri. Díli está agora despovoada, com pequenos grupos a causarem distúrbios. O campo está aberto para os lorosae, que aguardam há três dias às portas da capital, em Metinaro, para entrar na cidade.
Só ao cair da noite surgiu a informação de que a delegação da Fretilin, que se dirigiu a Metinaro para informar os militantes de que era mais sensato entrarem hoje na cidade, conseguiu os seus intuitos. Logo pela manhã, a massa de povo vindo da zona leste vai entrar na cidade e, pela primeira vez desde Abril, deverão ouvir-se na capital gritos a favor do primeiro-ministro demissionário.
A noite de terça-feira para ontem foi muito agitada, com várias casas a serem incendiadas e mais de uma dezena de jovens detidos. Dirigentes da Fretilin foram ameaçados e tiveram que abandonar as suas casas.
Apesar de todas as medidas preventivas, ontem, o comandante das forças australianas, general Slater, reuniu-se com os dirigentes da Fretilin para estudar um plano de entrada na cidade. Ficou acordado que os mais de dez mil manifestantes terão de entrar acompanhados dos militares e serão sujeitos a apertadas medidas de segurança. Todos serão revistados e o movimento dos camiões controlado.
Confrontos
O dia ficou marcado por grande agitação. As lojas fecharam quase todas. Colunas de fumo foram perseguidas por grupos de jornalistas ao longo de todo o dia por toda a cidade. Casa a casa, alguns grupos quiseram deixar a sua marca.
Resta saber se hoje haverá retaliações quando as gentes de Leste verificarem o que tem acontecido às residências dos seus familiares em Díli. Até porque a maior parte dos bairros onde residem os lorosae está deserta. Os proprietários ou fugiram para as suas terras - e estarão de regresso hoje - ou estão nos campos de deslocados espalhado pela cidade.
Junto ao porto de Díli, onde existe um campo de deslocados, começaram as provocações. É impossível saber quem começou, mas a dada altura decorria uma batalha campal entre o grupo anti-Alkatiri, vindo de Ermera, e acampado junto ao porto, e os deslocados, maioritariamente de lorosae. "Nós somos refugiados, não percebo porque vieram provocar- -nos, disseram para voltarmos para Lorosae", lamentava Marcelino Afonso, um dos deslocados. Mais à frente, passado o cordão criado pelas forças australianas, dizia Tata Mailau, de Ermera: "As nossas gentes vão à cidade comprar água, cigarros, passam ali e começam a provocar-nos, a atirar pedras."
O confronto obrigou os militares australianos a fechar a rua apontando metralhadoras aos dois grupos. A situação acalmou, então, em poucos minutos. Ao fim do dia, o grupo de Ermera deixou Díli. O DN acompanhou os mais de cem camiões até às montanhas, havendo líderes dos grupos a dizer que pretendiam ficar às portas da cidade, em Tibar, para o que desse e viesse. Mas acabaram por voltar para as suas casas.
No país dos rumores, o rastilho foi ateado por uma mensagem que passou muito rapidamente. Viram as imagens da véspera de Alkatiri a falar em Hera, e retiveram apenas a parte em que ele diz que não foi a Fretilin a provocar os distúrbios em Díli, mas um pequeno grupo de loromonus. Foi o bastante. A vingança era o prato a servir.
Outros, entenderam que a televisão timorense não podia transmitir imagens de Alkatiri, já que ele deixou de ser primeiro-ministro. Então, ontem de manhã, apedrejaram o edifício da TVTL. Hoje já não há noticiários. "Não temos condições de segurança para trabalhar", dizem os funcionários da televisão estatal.
Críticas
A actuação dos militares australianos é que não está a agradar a ninguém. Ontem, um português que presenciou o momento em que uns jovens incendiaram uma casa no centro da cidade estava revoltado: "Eram 25 miúdos. Começaram a causar o pânico nas lojas, a apedrejar e a ameaçar toda a gente, chamámos as forças australianas, vieram tarde e depois queriam prender-me a mim porque protestei pelo trabalho que fizeram."
Timor Leste: o golpe que mundo não percebeu
ResponderEliminarpor John Pilger
Descreve-se aqui a fase mais recente da luta de Timor Leste pela independência.
Na década de 1990 John Pilger foi clandestinamente cobrir aquele país.
Agora, um dos mais novos e mais pobres estados do mundo enfrenta o poder esmagador do seu grande vizinho, a Austrália.
O prémio, mais uma vez, é petróleo e gás.
No meu filme de 1994, A morte de uma nação (Death of a Nation) há uma cena a bordo de um avião a voar entre o norte da Austrália e a ilha de Timor. Decorre uma festa; dois homens engravatados estão a brindar-se com champanhe. "Isto é um momento histórico único", exulta Gareth Evans, ministro das Relações Exteriores da Austrália, "um momento histórico verdadeiramente único". Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, estavam a celebrar a assinatura do Tratado do Estreito de Timor (Timor Gap Treaty), o qual permitiria à Austrália explorar as reservas de gás e petróleo no fundo do mar de Timor Leste. O prémio supremo, como disse Evans, eram "zilhões" de dólares.
O conluio da Austrália, escreveu o Professor Roger Clark, uma autoridade mundial em direito do mar, "é como adquirir material a um ladrão ... o facto é que eles não têm direito histórico, nem legal, nem moral sobre Timor Leste e os seus recursos". Debaixo deles jazia uma pequena nação então a sofrer uma das mais brutais ocupações do século XX. A fome imposta e o assassínio extinguiram um quarto da população: 180 mil pessoas. Proporcionalmente, isto foi uma carnificina maior do que aquela no Cambodja sob Pol Pot. A Comissão da Verdade das Nações Unidas, que examinou mais de 1000 documentos oficiais, relatou em Janeiro que governos ocidentais partilharam responsabilidades pelo genocídio; pela sua parte, a Austrália treinou a Gestapo da Indonésia, conhecida como Kopassus, e seus políticos e jornalistas principais divertiram-se junto com o ditador Suharto, descrito pela CIA como um assassino em massa.
Actualmente a Austrália gosta de apresentar-se como um vizinho prestativo e generoso de Timor Leste, depois de a opinião pública ter forçado o governo de John Howard a enviar uma força de manutenção da paz da ONU seis anos atrás. Timor Leste é agora um estado independente, graças à coragem do seu povo e à tenaz resistência dirigida pelo movimento de libertação Fretilin, que em 2001 ganhou o poder político nas primeiras eleições democráticas. Nas eleições regionais do ano passado, 80 por cento dos votos foram para a Fretilin, dirigida pelo primeiro-ministro Mari Alkatiri, um "nacionalista económico" convicto, que se opõe à privatização e à interferência do Banco Mundial. Um muçulmano secular no país sobretudo Católico Romano, ele é, acima de tudo, um anti-imperialista que enfrenta as exigências ameaçadoras do governo Howard por uma partilha injusta das benesses do petróleo e do gás do Estreito de Timor.
Em 28 de Abril último uma secção do exército timorense amotinou-se, ostensivamente acerca de pagamentos. Uma testemunha ocular, a repórter de rádio australiana Maryann Keady, revelou que oficiais americanos e australianos estavam envolvidos. Em 7 de Maio Alkatiri descreveu os tumultos como uma tentativa de golpe e disse que "estrangeiros e gente de fora" estavam a tentar dividir o país. Um documento escapado da Australian Defence Force revelou que o "primeiro objectivo" da Austrália em Timor Leste é "ganhar acesso" para os militares australianos de modo a que possam exercer "influência sobre os decisores de Timor Leste". Um "neo-con" bushista não teria dito melhor.
A oportunidade para "influenciar" surgiu em 31 de Maio, quando o governo Howard aceitou um "convite" do presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, e do ministro das Relações Exteriores, José Ramos Horta – que se opõem ao nacionalismo de Alkatiri – para enviar tropas para Dili, a capital. Isto foi acompanhado por reportagens tipo "nossos rapazes vão salvar" na imprensa australiana, juntamente com uma campanha de difamação contra Alkatiri como um "ditador corrupto". Paul Kelly, antigo editor-chefe do Australian de Rupert Murdoch, escreveu: "Isto é uma intervenção altamente política ... a Austrália está a operar como uma potência regional ou um hegemonista político que modela a segurança e o porvir político". Tradução: a Austrália, tal como o seu mentor em Washington, tem um direito divino a mudar o governo de um outro país. Don Watson, redactor dos discursos dos antigo primeiro-ministro Paul Keating, o mais notório apologista de Suharto, incrivelmente escreveu: "A vida sob uma ocupação assassina pode ser melhor do que a vida num estado fracassado..."
Ao chegar com uma força de 2000 homens, um brigadeiro australiano voou de helicóptero directamente para o quartel general do líder rebelde, major Alfredo Reinado — não para prendê-lo pela tentativa de derrubar um primeiro-ministro democraticamente eleito, mas para cumprimentá-lo calorosamente. Tal como outros rebeldes, Reinado foi treinado em Canberra.
Dizem que John Howard ficou agradado com o título de "vice-xerife" do Pacífico Sul, atribuído por George W. Bush. Recentemente ele enviou tropas para reprimir uma rebelião nas Ilhas Salomão, e oportunidades imperiais acenam em Papua Nova Guiné, Vanuatu e outras pequenas nações insulares. O xerife aprovará.
22/Junho/2006
O original encontra-se em New Statesman e em
http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=402
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Porém que o vento leve estas palavras até aos irmãos que estão lá fora, que os Gadapaski [Jovens Guardas em Defesa da Integração] estão no nosso território, castigam os jovens até ficarem bem moídos. Assim, em Moçambique, Rogério tentou adquirir pengalaman [experiência] para se matarem uns aos outros e Ramos-Horta ficou preso. Naquele tempo, o Presidente Chissano, ainda como Ministro dos Negócios Estrangeiros, é que foi libertá-lo. Se acharem que estou a mentir, perguntem-lhes porque eles é que estavam em paz para estudarem, para serem doutores, durante 24 anos em Moçambique.
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