terça-feira, junho 13, 2006

Enviado especial da ONU critica análise australiana

DN
13.06.2006
Armando Rafael

O Conselho de Segurança deverá rejeitar hoje em Nova Iorque a tese catastrofista da Austrália sobre o desaparecimento do Estado em Timor-Leste, abrindo caminho para que a ONU aprove - a muito curto prazo - uma nova missão até às eleições que estão previstas para o próximo ano.

O que deverá pressupor que a nova missão aposte numa forte redução da presença militar estrangeira, em benefício da componente policial dos futuros capacetes-azuis que serão enviados para Timor-Leste.

É neste sentido que vão as recomendações de Ian Martin a Kofi Annan, não sendo previsível que o secretário-geral da ONU contrarie a apreciação do seu enviado especial a Díli. Especialmente porque essa deverá ser também a perspectiva que as autoridades timorenses irão transmitir ao Conselho de Segurança.

Ao que o DN apurou, a posição de Díli - que está expressa numa carta assinada pelo Presidente Xanana Gusmão, pelo primeiro-ministro Mari Alkatiri e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Ramos-Horta- será transmitida pelo embaixador timorense na ONU, José Luís Guterres, que há menos de um mês foi protagonista de uma frustrada candidatura à liderança da Fretilin, o principal partido do país.

O que, em termos práticos, deverá significar que a Austrália deverá retirar uma parte substancial dos dois mil militares que enviou para Timor-Leste e que não se adequam à situação de crise que ali se vive.

Contudo, não é de excluir que Camberra possa - sozinha ou em conjunto com outros - manter uma presença "credível" no terreno, assegurando o respectivo comando.

Certo, desde já, é que a ONU poderá duplicar os efectivos policiais em Timor-Leste, admitindo-se que a futura polícia internacional possa chegar aos 800 efectivos. Grande parte dos quais continuarão a ser portugueses e malaios. Mesmo que esse contingente possa ser reforçado com o contributo de outros Estados, ficando sob comando das Nações Unidas. Como Lisboa tem repetido e como o embaixador João Salgueiro dirá hoje em Nova Iorque.

Sem que isso signifique que Portugal tenha diminuído os seus esforços diplomáticos nas horas que antecedem a reunião de Nova Iorque.

Prova disso é o facto do ministro dos Negócios Estrangeiros ter solicitado a presença dos embaixadores da Rússia e da China (dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança) nas Necessidades, onde foram ontem recebidos pela directora-geral dos Assuntos Multilaterais, Margarida Figueiredo.

Tudo isto enquanto o próprio Freitas do Amaral, que não escondeu o seu optimismo, se desdobrava em contactos no Luxemburgo, aproveitando uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

Resta saber agora qual será a posição da Austrália, numa altura em que Portugal tem a percepção de que os EUA e o Reino Unido começaram a distanciar-se de Camberra.

À margem destes jogos diplomáticos, parece adquirido que a ONU só irá apareciar o conteúdo, a composição e extensão da nova missão dentro de uma semana ou de um mês, em função da recomendação que hoje for feita por Kofi Annan.

O mais provável é que a Unotil veja o seu mandato prorrogado por mais um mês - até 20 de Julho. O tempo suficiente para que todos os acertos possam ser feitos.

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2 comentários:

  1. Estava uma australiana para se atirar da ponte de sydney abaixo. Vem um marinheiro portugues a passar num barco e diz-lhe para ela nao dar o passo fatal, que a vida ainda lhe podia trazer muitas alegrias, que ela era muito bonita - pêta, e que se ela descesse e viesse com ele no barco iam até à américa fazer uma vida nova.
    Ela corou, desceu pela escada e entrou no barco. Entao o portugues disse à australiana que para ela não pagar bilhete se tinha que esconder debaixo de um dos botes salva-vidas, e que ele todos os dias lhe ia levar de comer. Que em troca, e só se ela não se importasse, lhe podia fazer uns favores sexuais.
    E assim passaram dois meses e meio de viagem. A australiana ia perguntando “Ja estamos a chegar aos states?”. “Ja querida, mais uma semana e estamos lá” dizia o português quando ia cumprir os seus afazeres diários.
    No dia a seguir apareceram uns homens que levantaram o salva-vidas e perguntam à moça o que ela lá estava a fazer. “Vou pá america, mate” diz ela. “Nao vai ser facil chegar la, darling, no ferry que vai para Manly”.

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  2. Ah!..Ah!..Ah!...essa é uma boa adaptação da outra da loira que que tb queria ir para o states e embarcou no ferry de Lisboa para cacilhas...

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