Timor-Leste: Governo diz que a missäo da GNR será de longo prazo (ACTUALIZADA)
Lisboa, 25 Mai (Lusa) - O ministro da Administraçäo Interna, António Costa, afirmou hoje que a missäo da companhia da GNR em Timor- Leste será "de longo prazo" para a manutençäo da ordem pública e formaçäo das forças de segurança timorenses. Falando no final do Conselho de Ministros, António Costa referiu que a composiçäo, número de elementos e calendário de actuaçäo da força da GNR "já está fixado", mas que os pormenores só seräo divulgados ao fim da tarde. De acordo com o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, o primeiro-ministro reúne-se está tarde, pelas 17:00 horas, em Säo Bento, com os partidos com representaçäo parlamentar. Pedro Silva Pereira admitiu que, depois dos contactos com o Presidente da República, Cavaco Silva, com o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e com os partidos da oposiçäo, "o Conselho de Ministros poderá reunir-se novamente ainda hoje". "Estäo já reunidas as condiçöes para uma decisäo formal do Governo" sobre o envio de uma força de segurança para Timor-Leste, frisou o ministro da Presidência. Na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, António Costa e Pedro Silva Pereira escusaram-se, para já, a esclarecer pormenores sobre o envio da companhia da GNR para Timor- Leste, designadamente a forma como se articulará no terreno a força portuguesa com as da Austrália, Nova Zelândia e Malásia - países a quem o Governo de Díli também pediu auxílio. No entanto, Pedro Silva Pereira fez questäo de sublinhar que, no pedido de auxílio feito pelo Governo timorense a Portugal, "é expressamente pedida a participaçäo portuguesa para a formaçäo das forças de segurança e para a manutençäo da ordem pública em Timor- Leste". "A carta assinada pelo Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmäo, e do Governo timorense faz expressa alusäo ao envio de uma força da GNR, o que se compreende, porque a GNR já esteve naquele território e fez um excelente trabalho", referiu o ministro da Presidência. Pedro Silva Pereira salientou ainda que a situaçäo em Timor- Leste "é um assunto de grande sensibilidade e que exige uma grande contençäo e rigor da parte do Governo". "Trata-se de um assunto de enorme gravidade e é uma matéria inconveniente para especulaçöes", acrescentou. A situaçäo de insegurança que se vive em Timor-Leste desde Abril agravou-se nos últimos dois dias, com confrontos em Díli e arredores entre militares e, hoje, entre elementos das forças armadas e efectivos da polícia nacional, envolvendo populares, de que resultaram já vários mortos e feridos.
Timor-Leste: Freitas do Amaral elogia actuaçäo de polícias portugueses da ONU
Lisboa, 25 Mai (Lusa) - O chefe da diplomacia portuguesa, Diogo Freitas do Amaral, elogiou hoje "o alto sentido de responsabilidade e o sangue frio" dos polícias portugueses ao serviço da ONU em Timor-Leste que hoje de manhä estiveram debaixo de fogo. "O ministro dos Negócios Estrangeiros quer sublinhar o alto sentido de responsabilidade e o sangue frio evidenciado pelo subintendente Nuno Anaia, 'número dois' da polícia da ONU, e pelo coronel Fernando Reis, chefe dos observadores militares da UNOTIL", que dirigiu a operaçäo, disse à Agência Lusa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, António Carneiro Jacinto. Os seis polícias portugueses que integram a missäo da ONU em Timor-Leste (UNOTIL) estiveram hoje debaixo de fogo durante uma rendiçäo de polícias timorenses, negociada pelos UNPOL (polícias da ONU), que acabou com vários polícias timorenses a serem mortos no local e dois nas instalaçöes da missäo por disparos de efectivos do exército timorense. No incidente, dois efectivos da força policial da ONU ficaram feridos: um filipino, atingido no abdómen, que deverá ser evacuado para Darwin, norte da Austrália, e um paquistanês, atingido nos dois braços, segundo disse o subintendente Nuno Anaia à Lusa em Díli. "Fomos informados de que os polícias timorenses se queriam render e conseguimos negociar a sua saída do Quartel-General da PNTL. Saíram connosco (polícias da ONU), desarmados e a pé, perante o olhar dos militares, e três destes, em dada altura, levantaram as armas e visaram-nos", recordou o polícia português. "O meu carro tem marcas de balas e conduzi a viatura, com dois pneus furados, até às instalaçöes da UNOTIL", acrescentou. Os seis agentes da PSP que integram a UNOTIL encontram-se bem, näo tendo nenhum sido ferido, disse Nuno Anaia, que precisou estarem neste momento 70 agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste refugiados nas instalaçöes das Naçöes Unidas. Este incidente foi mais tarde referido pelo chefe da UNOTIL, Sukehiro Hasegawa, em declaraçöes à imprensa em Díli, segundo o qual efectivos das forças armadas "estavam directamente a disparar contra efectivos da polícia". Segundo Hasegawa, os efectivos policiais estavam a sair do quartel acompanhados por elementos da ONU quando ouviram disparos provenientes do grupo de militares das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) no local. "Penso que um deles era doido", disse. O número total de vítimas mortais deste incidente ainda näo é conhecido, variando entre os 10 indicados por fontes da ONU e os seis avançados por fontes policiais.
Timor-Leste: Xanana confirma ter assumido defesa, mas exclui confronto Governo
Lisboa, 25 Mai (Lusa) - O presidente Xanana Gusmäo confirmou ter chamado a si todas as competências na área da segurança e pediu coordenaçäo com o governo, depois de o primeiro-ministro Mari Alkatiri ter sugerido que a decisäo seria inconstitucional. "O órgäo de soberania que tem como definiçäo a responsabilidade de ter a unidade nacional, a integridade dos órgäos democráticos do país e o seu funcionamento é o Presidente da República que também é por definiçäo o comandante supremo das forças de defesa", afirmou um porta-voz de Xanana Gusmäo em declaraçöes à Antena Um. "O presidente tem por obrigaçäo constitucional tomar esta posiçäo porque a situaçäo do país está cada vez mais deteriorada", afirmou ågio Pereira, recusando a ideia de conflito entre Xanana Gusmäo e o governo. Em resposta a uma pergunta da rádio, o mesmo porta-voz admitiu que Xanana Gusmäo tem em aberto todas as opçöes, incluindo a declaraçäo do estado de sítio em Timor-Leste. Mari Alkatiri garantiu que mantém as suas competências na área da segurança interna, depois da presidência timorense ter anunciado que Xanana Gusmäo decidiu assumir "todo o controlo da segurança do país". "Mantenho as minhas competências na área da segurança interna porque a constituiçäo mas confere e só com respeito a bases constitucionais próprias é que se pode retirar", afirmou Alkatiri. Para o chefe do governo timorense, a constituiçäo define que para o presidente assumir as responsabilidades de defesa e segurança tem de haver um pedido do Parlamento, tem de ser accionado o estado de sítio e consultado o governo. Mas, fonte do gabinete de Mari Alkatiri disse à Agência Lusa posteriormente, que o gabinete do Presidente da República telefonou ao primeiro-ministro para lhe transmitir que "o entendimento (da presidência) é que tem de haver coordenaçäo" com o governo. Segundo a mesma fonte, Alkatiri "disse que naturalmente vai continuar a haver coordenaçäo", à semelhança do ocorrido quarta-feira com o pedido de ajuda militar internacional. Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ramos Horta, considerou que a decisäo de Xanana Gusmäo "näo é incorrecta no plano constitucional, porque o presidente é o comandante supremo das forças armadas". Ramos Horta afirmou, no entanto, que näo vê esta medida presidencial como uma retirada de poderes ao primeiro-ministro. Timor-Leste vive um clima de insegurança generalizada que levou as autoridades a pedir na quarta-feira ajuda internacional para repor a ordem. Violentos confrontos opuseram hoje elementos das forças armadas e da polícia em Dili. Há pelo menos dez mortos e dezenas de feridos.
Por favor, Não transcrevam aqui as notícias da LUSA. Não faz sentido e qualquer um tem, com certeza, o "site" da LUSA aberto permanentemente. Depois é só ir fazendo a actualização da página (refresh)..
Nao que eu seja venenoso, mas... onde anda o Tito??? Intervalo?
ResponderEliminarTou sedento de informacao...!!!
ResponderEliminartambem eu...
ResponderEliminarComo e que está a situação agora? A cidade está mais calma?
ResponderEliminarTimor-Leste: Governo diz que a missäo da GNR será de longo prazo (ACTUALIZADA)
ResponderEliminarLisboa, 25 Mai (Lusa) - O ministro da Administraçäo Interna,
António Costa, afirmou hoje que a missäo da companhia da GNR em Timor-
Leste será "de longo prazo" para a manutençäo da ordem pública e
formaçäo das forças de segurança timorenses.
Falando no final do Conselho de Ministros, António Costa
referiu que a composiçäo, número de elementos e calendário de actuaçäo
da força da GNR "já está fixado", mas que os pormenores só seräo
divulgados ao fim da tarde.
De acordo com o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira,
o primeiro-ministro reúne-se está tarde, pelas 17:00 horas, em Säo
Bento, com os partidos com representaçäo parlamentar.
Pedro Silva Pereira admitiu que, depois dos contactos com o
Presidente da República, Cavaco Silva, com o presidente da Assembleia
da República, Jaime Gama, e com os partidos da oposiçäo, "o Conselho
de Ministros poderá reunir-se novamente ainda hoje".
"Estäo já reunidas as condiçöes para uma decisäo formal do
Governo" sobre o envio de uma força de segurança para Timor-Leste,
frisou o ministro da Presidência.
Na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros,
António Costa e Pedro Silva Pereira escusaram-se, para já, a
esclarecer pormenores sobre o envio da companhia da GNR para Timor-
Leste, designadamente a forma como se articulará no terreno a força
portuguesa com as da Austrália, Nova Zelândia e Malásia - países a
quem o Governo de Díli também pediu auxílio.
No entanto, Pedro Silva Pereira fez questäo de sublinhar que,
no pedido de auxílio feito pelo Governo timorense a Portugal, "é
expressamente pedida a participaçäo portuguesa para a formaçäo das
forças de segurança e para a manutençäo da ordem pública em Timor-
Leste".
"A carta assinada pelo Presidente de Timor-Leste, Xanana
Gusmäo, e do Governo timorense faz expressa alusäo ao envio de uma
força da GNR, o que se compreende, porque a GNR já esteve naquele
território e fez um excelente trabalho", referiu o ministro da
Presidência.
Pedro Silva Pereira salientou ainda que a situaçäo em Timor-
Leste "é um assunto de grande sensibilidade e que exige uma grande
contençäo e rigor da parte do Governo".
"Trata-se de um assunto de enorme gravidade e é uma matéria
inconveniente para especulaçöes", acrescentou.
A situaçäo de insegurança que se vive em Timor-Leste desde
Abril agravou-se nos últimos dois dias, com confrontos em Díli e
arredores entre militares e, hoje, entre elementos das forças armadas
e efectivos da polícia nacional, envolvendo populares, de que
resultaram já vários mortos e feridos.
PMF.
Lusa/Fim
251454 POR MAI 06
NNNN
Timor-Leste: Freitas do Amaral elogia actuaçäo de polícias portugueses da ONU
ResponderEliminarLisboa, 25 Mai (Lusa) - O chefe da diplomacia portuguesa,
Diogo Freitas do Amaral, elogiou hoje "o alto sentido de
responsabilidade e o sangue frio" dos polícias portugueses ao serviço
da ONU em Timor-Leste que hoje de manhä estiveram debaixo de fogo.
"O ministro dos Negócios Estrangeiros quer sublinhar o alto
sentido de responsabilidade e o sangue frio evidenciado pelo
subintendente Nuno Anaia, 'número dois' da polícia da ONU, e pelo
coronel Fernando Reis, chefe dos observadores militares da UNOTIL",
que dirigiu a operaçäo, disse à Agência Lusa o porta-voz do Ministério
dos Negócios Estrangeiros, António Carneiro Jacinto.
Os seis polícias portugueses que integram a missäo da ONU em
Timor-Leste (UNOTIL) estiveram hoje debaixo de fogo durante uma
rendiçäo de polícias timorenses, negociada pelos UNPOL (polícias da
ONU), que acabou com vários polícias timorenses a serem mortos no
local e dois nas instalaçöes da missäo por disparos de efectivos do
exército timorense.
No incidente, dois efectivos da força policial da ONU ficaram
feridos: um filipino, atingido no abdómen, que deverá ser evacuado
para Darwin, norte da Austrália, e um paquistanês, atingido nos dois
braços, segundo disse o subintendente Nuno Anaia à Lusa em Díli.
"Fomos informados de que os polícias timorenses se queriam
render e conseguimos negociar a sua saída do Quartel-General da PNTL.
Saíram connosco (polícias da ONU), desarmados e a pé, perante o olhar
dos militares, e três destes, em dada altura, levantaram as armas e
visaram-nos", recordou o polícia português.
"O meu carro tem marcas de balas e conduzi a viatura, com dois
pneus furados, até às instalaçöes da UNOTIL", acrescentou.
Os seis agentes da PSP que integram a UNOTIL encontram-se bem,
näo tendo nenhum sido ferido, disse Nuno Anaia, que precisou estarem
neste momento 70 agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste refugiados
nas instalaçöes das Naçöes Unidas.
Este incidente foi mais tarde referido pelo chefe da UNOTIL,
Sukehiro Hasegawa, em declaraçöes à imprensa em Díli, segundo o qual
efectivos das forças armadas "estavam directamente a disparar contra
efectivos da polícia".
Segundo Hasegawa, os efectivos policiais estavam a sair do
quartel acompanhados por elementos da ONU quando ouviram disparos
provenientes do grupo de militares das Falintil-Forças de Defesa de
Timor-Leste (F-FDTL) no local.
"Penso que um deles era doido", disse.
O número total de vítimas mortais deste incidente ainda näo é
conhecido, variando entre os 10 indicados por fontes da ONU e os seis
avançados por fontes policiais.
MDR/EL/ASP.
Lusa/Fim
251452 POR MAI 06
NNNN
Timor-Leste: Xanana confirma ter assumido defesa, mas exclui confronto Governo
ResponderEliminarLisboa, 25 Mai (Lusa) - O presidente Xanana Gusmäo confirmou
ter chamado a si todas as competências na área da segurança e pediu
coordenaçäo com o governo, depois de o primeiro-ministro Mari Alkatiri
ter sugerido que a decisäo seria inconstitucional.
"O órgäo de soberania que tem como definiçäo a
responsabilidade de ter a unidade nacional, a integridade dos órgäos
democráticos do país e o seu funcionamento é o Presidente da República
que também é por definiçäo o comandante supremo das forças de defesa",
afirmou um porta-voz de Xanana Gusmäo em declaraçöes à Antena Um.
"O presidente tem por obrigaçäo constitucional tomar esta
posiçäo porque a situaçäo do país está cada vez mais deteriorada",
afirmou ågio Pereira, recusando a ideia de conflito entre Xanana
Gusmäo e o governo.
Em resposta a uma pergunta da rádio, o mesmo porta-voz admitiu
que Xanana Gusmäo tem em aberto todas as opçöes, incluindo a
declaraçäo do estado de sítio em Timor-Leste.
Mari Alkatiri garantiu que mantém as suas competências na área
da segurança interna, depois da presidência timorense ter anunciado
que Xanana Gusmäo decidiu assumir "todo o controlo da segurança do
país".
"Mantenho as minhas competências na área da segurança interna
porque a constituiçäo mas confere e só com respeito a bases
constitucionais próprias é que se pode retirar", afirmou Alkatiri.
Para o chefe do governo timorense, a constituiçäo define que
para o presidente assumir as responsabilidades de defesa e segurança
tem de haver um pedido do Parlamento, tem de ser accionado o estado de
sítio e consultado o governo.
Mas, fonte do gabinete de Mari Alkatiri disse à Agência Lusa
posteriormente, que o gabinete do Presidente da República telefonou ao
primeiro-ministro para lhe transmitir que "o entendimento (da
presidência) é que tem de haver coordenaçäo" com o governo.
Segundo a mesma fonte, Alkatiri "disse que naturalmente vai
continuar a haver coordenaçäo", à semelhança do ocorrido quarta-feira
com o pedido de ajuda militar internacional.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ramos
Horta, considerou que a decisäo de Xanana Gusmäo "näo é incorrecta no
plano constitucional, porque o presidente é o comandante supremo das
forças armadas".
Ramos Horta afirmou, no entanto, que näo vê esta medida
presidencial como uma retirada de poderes ao primeiro-ministro.
Timor-Leste vive um clima de insegurança generalizada que
levou as autoridades a pedir na quarta-feira ajuda internacional para
repor a ordem.
Violentos confrontos opuseram hoje elementos das forças
armadas e da polícia em Dili. Há pelo menos dez mortos e dezenas de
feridos.
AH/EO/EL.
Lusa/fim
251407 POR MAI 06
NNNN
Ouve-se tiros ainda em Caicoli.
ResponderEliminarPrezados timorenses
ResponderEliminarBrasil (Rio). Se possível, mandem fotos para que se possa ter uma melhor ideia da situação.
Saudações
Alfredo Cesar
desculpa....mas o que tem o Tito a ver com a historia???
ResponderEliminarPor favor,
ResponderEliminarNão transcrevam aqui as notícias da LUSA. Não faz sentido e qualquer um tem, com certeza, o "site" da LUSA aberto permanentemente. Depois é só ir fazendo a actualização da página (refresh)..