sábado, maio 27, 2006

Embaixada de Portugal informa:

Persistem razões de insegurança em Díli, devendo as pessoas permanecer nas suas residências.

Se alguém se sentir inseguro:

Poderá deslocar-se com cautela para o bairro de Vila Verde (residências dos professores) ou para o bairro da Cooperação (residências da Cooperação junto ao Hotel Timor).

Estes dois locais são protegidos pelos GOEs que tem condições de assegurar condições de segurança. Os GOEs estão equipados e preparados para defenderem estes locais.

Amanhã chegam mais reforços dos GOEs.

A situação tende a normalizar-se. As forças militares internacionais estão a controlar os focos de distúrbios e a garantir a segurança na cidade.


Para os nossos amigos timorenses, informa-se:

À frente do Obrigado Barak está um campo protegido pelas forças australianas para recolher e proteger cidadãos timorenses, com condições para estarem o tempo que for preciso.

Caso haja alguém que precise de informações contacte-nos por email.

4 comentários:

  1. Creio que devemos louvar aqui e agradecer o elevado profissionalismo que tem sido demonstrado pelos elementos dos GOE com que tive contacto ate agora. E a cortesia com que tem sempre falado connosco.
    Deixo tambem um conselho aos colegas a quem tem sido pedido que restrinjam os movimentos pelas ruas de Dili, que e terem paciencia e fazerem o que vos e pedido. O perigo maior, como disse hoje de manha, e o dos bandos de rufias que deambulam pela cidade a amedrontar pessoas, roubar e incendiar casas, roubar motas... Os australianos ja andam a fazer patrulhas, os militares da Malasia estao a montar a sua base de operacoes em Comoro (Arte Moris/Academia da Policia), mas ainda ha algumas razoes para evitar passear pela cidade fora dos perimetros ou percursos que o pessoal da seguranca nos diz serem seguros.
    Desloquei-me hoje de manha por Dili por razoes de forca maior porque tinha que ajudar uma pessoa, e pude constatar que ainda nao e seguro andar a fazer turismo pela cidade hoje. Tenho estado por aqui quieto desde entao, e penso que sera bom se todos o fizermos. Dificultaria o trabalho dos GOE se tivessem que ir buscar cada um de nos que sente vontade de passear a diversos pontos da cidade por estarmos a levar umas pedradas ou a sermos assaltados por um rufia reles qualquer...
    Um amigo contou-me que houve tipos que foram hoje com camionetes roubar e transportar mercadoria roubada num bairro (creio que Manleuana), mas foram parados pela populacao e depois os militars australianos foram la desarmar e capturar os ladroes. Episodios deste tipo poderao repetir-se ao longo do dia.
    Nao ha qualquer ameaca directa sobre os malais (portugueses ou nao), e a sitacao tende a acalmar-se. NAO HA QUALQUER VONTADE DE SEREM EVACUADOS POR PARTE DOS PORTUGUESES, SALVO UM OU OUTRO CASO PONTUAL

    ResponderEliminar
  2. De uma notícia da LUSA: "O mesmo oficial disse ainda que quem está a entregar armas de fogo aos civis são as Falintil- Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), opinião partilhada pela população dos bairros ouvida pela Agência Lusa durante os ataques."
    O que se passa? Endoidaram? Por onde anda e o que anda fazendo o José Vasconcelos=Matan Ruak? Não tem mão no seu pessoal? Entrou tudo em autogestão?

    ResponderEliminar
  3. Caros amigos:

    Estou fora mas muito dentro da situação e angustiado por não poder voltar a ajudar-vos, já! Parabéns a vós que se mantêm aí com uma coragem e serenidade dignas de verdadeiros heróis (elas e eles!). Quem não deve não teme!(é mesmo piada) Com este vosso comportamento na adeversidade mais respeiro e admiração (não é que falte) ganharão dos nossos amigos timorenses que tanto sofrem. Força malais, o pior já passou! Estamos (há muitos) convosco todos!
    Um abraço muito forte!

    ResponderEliminar
  4. Numa eventualidade, armar a população pode ser uma alternativa, desde que sejam os cidacãos cadastrados (fotografados, etc) para que possam defender suas famílias e suas casas. Após o restabelecimento da nomalidade as armas devem ser recolhidas.
    É um momento excepcional.
    Alfredo (Brasil)

    ResponderEliminar