Por Eduardo Lobão, da Agência Lusa Díli, 28 Mai (Lusa) - Um cidadão português foi hoje retirado da sua residência no bairro de Aimutin, ocidente de Díli, devido ao crescendo de violência nas proximidades, numa operação bem sucedida conduzida por agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.
Foi a segunda operação de resgate conduzida hoje de manhã em Díli pelo GOE.
O alerta da necessidade de intervenção foi transmitido pelo cidadão português para a Agência Lusa, que depois de contactar o gabinete do Adido de Segurança acompanhou os agentes do GOE na identificação do local de residência.
O acesso, a partir da Avenida dos Direitos Humanos, que liga o aeroporto de Comoro ao centro da cidade, foi feito normalmente, mas a partir da entrada em Aimutin, numa estrada de terra batida, foram avistadas barreiras formadas por pedaços de árvores e pedras, a tentar impedir a progressão.
Com o auxílio de alguns populares, foi possível desmantelar essas barreiras e a aproximação à residência do cidadão português decorreu sem quaisquer problemas.
Chegados à casa, um dos agentes do GOE acompanhou o cidadão português, na viatura que este conduziu, seguida pela dos restantes agentes, onde seguia a reportagem da Lusa.
Antes de se entrar numa rua paralela à Avenida dos Direitos Humanos, a chamada "Banana Road", foi possível avistar várias casas e viaturas a arder, e grupos de jovens, com catanas e outro armamento tradicional, como azagaias e arcos e flechas, a prepararem novos saques a casas particulares.
Foi também possível ao GOI apreender uma catana a um popular, gesto aplaudido por um grupo a poucas dezenas de metros.
Uma vez iniciada a progressão na "Banana Road", em direcção à Sé Catedral, ao longo do bairro Pité e da Vila Verde, dezenas de casas destruídas e carros ainda fumegantes eram o testemunho da violência protagonizada pelos vários grupos que, quando avistavam as duas viaturas, a do português e a dos GOE, rapidamente fugiam, penetrando na alta vegetação que rodeia a estrada.
Neste trajecto, muitos gritavam "são os GNR, são os GNR", e enquanto uns fugiam, outros batiam palmas.
Ao longo do percurso são inúmeras as barreiras levantadas com auxílio de pneus a arder, pedras e outro tipo de obstáculos.
Durante o trajecto, que terminou junto ao Hotel Timor, já no centro da cidade, não se viu nenhum militar australiano, das forças armadas timorenses ou do que resta da polícia timorense, no que constitui a prova de que aquela área está sob controlo dos grupo de civis armados.
Lusa/Fim
Por isso 'e que se diz e se pede que os nossos GNR's "voltem" depressa.
ResponderEliminarJ'a agora, OBRIGADO GOE'S
Um Malai
Foi o Guilherme?
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