tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post8315770381825568958..comments2024-03-24T18:22:40.376+09:00Comments on Timor Online - Em directo de Timor-Leste: Maintaining Balance in East Timor’s Post-election PainsUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-39525061983571205052007-08-29T22:10:00.000+09:002007-08-29T22:10:00.000+09:00Tradução:Mantendo o equilíbrio nas dores pós-eleit...Tradução:<BR/>Mantendo o equilíbrio nas dores pós-eleitorais em Timor-Leste<BR/>Mais sobre a crise em Timor-Leste<BR/>Terça-feira 14 Agosto, 2007 - 22:53 por James Dunn AM em Default<BR/><BR/><BR/>O tardio apoio da Austrália à emergência da indepência de Timor-Leste é obviamente um feito de que John Howard está orgulhoso, daí a visita a Dili no seu aniversário. Agora mesmo, ele precisa de manter tanta atenção quanto possível neste seu feito positivo, e nas relações externas não tem realmente muitos mais. Podemos esperar ouvir falar muito de Timor-Leste nos próximos dois meses, mas o problema é que, com mais explosões de violência, para alguns observadores esta iniciativa parece mais uma dor de cabeça do que uma história de sucesso.<BR/><BR/>Contudo, a situação, apesar de perturbante é simultaneamente compreensiva e controlável, apesar de preferências políticas e preconceitos estarem a desequilibrar a opinião dos media sobre aquilo porque estão a passar os Timorenses. As preferências são suficientemente óbvias. Num lado temos o Marxista Alkatiri, enquanto, no outro, o seu opositor principal é o herói da resistência , Xanana Gusmão. Mas na realidade Alkatiri não é um Marxista e apesar de não estar em disputa o estatuto especial de Xanana, há centenas de heróis da resistência em Timor-Leste. Alkatiri é essencialmente um nacionalista do terceiro mundo, que foi louvado pelo presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, pelas suas capacidades de gestão.<BR/><BR/>Quanto às contribuições que deram para a independência de Timor-Leste, Xanana, Horta e Alkatiri todos tiveram papéis chave para a alcançarem. Sem os esforços diplomáticos de Horta e Alkatiri a resistência armada de Xanana provavelmente teria falhado. É triste ver as rivalidades políticas domésticas estreitarem as visões de tais líderes, mas isto está a acontecer em Timor-Leste tal como ocorre na Austrália. As diferenças têm criado animosidade que tem dividido e desestabilizado a comunidade Timorense há mais de um ano. Tínhamos esperado que as eleições ajudariam a resolver a disputa mas parece que a intensificou, colocando uma grande responsabilidade sobre feitor da paz líder de Timor-Leste, o Presidente Horta. Obviamente, o Presidente é um amigo de Xanana, mas teve também uma longa amizade de trabalho com Alkatiri. Os preconceitos dos nossos media têm ajudada a situação. Os nossos jornalistas têm tido a tendência a dramatizar as divisões, e a desvalorizar esforços para as ultrapassar. Tem sido também sensacionalizada e exagerada a extensão da violência. Isto tem não apenas encorajado a opinião pessimista do futuro de Timor-Leste no estrangeiro; tem também alimentado tensões em Timor onde os media Australianos têm uma presença forte.<BR/><BR/>Obviamente, o problema é sério, mas o seu impacto devia ser visto mais como um atraso para o desenvolvimento e estabilidade política de Timor-Leste, do que uma sentença que decreta um estatuto de Estado falhado ou problemático à jovem nação. E não enfraquece as credenciais de independência de Timor-Leste. A violência que se seguiu à nomeação de Xanana Gusmão para primeiro-ministro foi embaraçosa mas era esperada. De certo modo expôs a imaturidade política de Timor-Leste, mas expôs também problemas na redacção de uma constituição que reflecte a influência dos conselheiros Australianos e Portugueses. Os apoiantes da Fretilin consideraram que o seu partido é o vencedor das eleições para a Assembleia Nacional porque obteve mais votos do que qualquer outro partido e de acordo com a constituição o partido ‘mais votado’ deve ser convidado a formar governo. As manobras políticas que se seguiram levaram inevitavelmente a uma coligação, ou aliança como os Timorenses lhe chamam, com lugares suficientes para assegurar uma maioria parlamentar.<BR/><BR/>Ao prepararmos os Timorenses para a independência na verdade negligenciámos prepará-los para o tipo de manobras políticas que achariam difícil entender. Mari Alkatiri, que favorecia um governo de unidade nacional que conselheiros como eu próprio tinham recomendado como uma maneira para restaurar a unidade nacional, estava especialmente amargo, porque esperava evidentemente que o resultado da eleição levaria a um compromisso que reparasse os eventos humilhantes do ano passado. <BR/><BR/>A coligação de Xanana ou aliança era um resultado previsível, que teria sido aceite se se tivesse acordado num governo inclusivo de unidade nacional. A Fretilin apoiou aquele objectivo mas recusou aceitar Xanana como primeiro-ministro, frustando esperanças para a coligação mais alargada. O novo governo parece suficientemente forte, mas infelizmente o resultado alargou as divisões políticas, levando à violência nos distritos do leste que são as praças-fortes da Fretilin. Alkatiri errou quando encorajou os seus apoiantes a protestarem porque, nas circunstâncias tensas do presente, tais respostas tendem a levar à violência . Os incidentes que ocorreram foram feios com a ONU, um convento e os militares Australianos a serem alvejados. Há poucas dúvidas quanto às preferências do nosso Primeiro-Ministro mas, na minha experiência as nossas forças militares devem sempre procurar manterem-se neutras. O chefe da ONU, Atul Khare, sabiamente convocou uma conferência de todos os líderes políticos. Contudo, compete agora realmente a Xanana e a Alkatiri tomarem a iniciativa de curar as feridas que minam a unidade de propósito que em 1999 ganhou a admiração internacional pela coragem dos Timorenses. Quanto ao papel dos Australianos é importante actuarmos como observadores preocupados mas neutros, sempre conscientes das nossas contribuições no passado para as dores de crescimento da nova nação, e continuarmos comprometidos com apoio generoso ao preenchimento atrasado dos seus objectivos de desenvolvimento.Anonymousnoreply@blogger.com