tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post444922874568649240..comments2024-03-24T18:22:40.376+09:00Comments on Timor Online - Em directo de Timor-Leste: A nation caught under the barrelUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-32864775526621851892008-03-02T15:17:00.000+09:002008-03-02T15:17:00.000+09:00Come on, Mr. Tooey! have you been bought by XG and...Come on, Mr. Tooey! have you been bought by XG and RH. How arrogant and ignorant of you to say that RH and XG are the only 2 figures in East Timor who could bring some stability in East Timor? Are you telling us that we the so many Timorese men and women are incapable of running our own Country? What do you say about the instability and the crisis flared up in 2006 which required Foreign troops to maintain order not to mention Law? You must be dreaming. perhaps RH and XG promised you something in return for your good words. Go home. East Timor doesn't need bias people like you. You should be ashamed because in your country people put down governments when they're dishonest and incompetent. But in East Timor you think people desrve the worst?!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-33631697968105906162008-03-01T08:18:00.000+09:002008-03-01T08:18:00.000+09:00Tradução:Uma nação sob um cano de arma Paul Toohey...Tradução:<BR/>Uma nação sob um cano de arma <BR/>Paul Toohey Março 01, 2008<BR/>The Australian<BR/><BR/>Como é que duas ou três gerações de Timorenses que cresceram a conhecer a violência tomam outro caminho?<BR/><BR/>Nesta altura, a pergunta é igual à resposta: com mais violência ou promessa de mais violência. Em Dili, a capital, o símbolo da paz é uma pistola.<BR/><BR/>Crianças jovens nas suas voltas do dia-a-dia rotineiras vêem centenas de homens – do seu próprio povo ou de nações diferentes a usar uniformes - em pé nos cantos das ruas, ou em patrulhe ou a guardar pessoas importantes, com armas automáticas prontas a disparar. Estão a aprender a mesma lição dos seus pais e avós.<BR/><BR/>Timor-Leste está cheio de todos os tipos de armas, usadas pelas forças legítimas e pelas clandestinas. Em Timor a coligação reinante usa as espingardas automáticas AK47, FN e Steyr juntamente com os monstruosos canhões de água enormes, para controlo de multidão, brancos com as marcas UN que circulam pelas ruas de Dili.<BR/><BR/>Um soldado Paquistanês está de guarda em Ermera, um distrito a oeste de Dili, numa movimentada cena de mercado numa manhã de Domingo. A sua AK47 – a pistola do povo – está velha e gasta e foi-lhe dada como se fosse roupa de dum irmão mais velho. Tem sido usada em muitas batalhas em muitos países. É ainda uma arma fiável, equipada com uma baioneta retráctil para encontros mais próximos. Diz que não a usou em Timor-Leste e que está contente por isso. É uma vergonha que precise de estar pronto para a usar numa de outra maneira bonita cena de mercado no cimo dum monte.<BR/><BR/>Um guarda das forças armadas Timorenses mostra o truque especial que fabricou para a sua arma: ele tem um tambor com 30 balas e colou com fita cola um outro tambor cheio de cima para baixo. Assim quando gastar 30 balas pode rapidamente tirar o tambor velho, virá-la e ter instantaneamente outras 30 balas à sua disposição. Está pronto para sarilhos.<BR/><BR/>As F-FDTL, as forças armadas Timorenses, que durante muito tempo estiveram confinadas a guardar edifícios do governo depois de terem perdido a confiança da nação ao dispararem contra manifestantes pacíficos em 2006 – o que levou à fuga de Alfredo Reinado - movimenta-se livremente através da cidade com as suas armas automáticas. Lá em cima nos montes, a Força Internacional de Estabilização, feita de Australianos, conduz operações de limpeza nas aldeias enquanto helicópteros pintados com tinta de camuflado pairam por cima a protegê-los.<BR/><BR/>Mesmo os oficiais da Polícia Federal Australiana em Timor-Leste estão a usar fatos-de-macaco de serviço azuis escuros. Usam também espingardas automáticas.<BR/><BR/>No meio desta imagem ameaçadora as pessoas conduzem as suas vidas não normais. Estão sujeitas a um recolher obrigatório desde as 8 pm. Ninguém tem a certeza quando e donde virão os problemas, mas toda a gente espera isso.<BR/><BR/>Na libertação em 1999, pensava-se que haveria uma enorme prova de força agressiva, protectora que levaria à estabilidade. Pensava-se que eventualmente o país cairia em linha por detrás de líderes genuínos, apaixonadamente orientados para a paz como Xanana Gusmão e José Ramos Horta. Isso não aconteceu dessa maneira. Em vez disso, Ramos Horta, o Presidente, está a recuperar deitado no Royal Darwin Hospital, depois de baleado a sangue frio. E Reinado, o amotinado que tinha uma causa razoável - pelo menos até se tornar demasiado exigente e não confiável – está enterrado num pátio da frente de Dili depois de ter recebido disparos de armas automáticas na face, pescoço e peito.<BR/><BR/>Tendo conhecido Reinado, achei uma coisa estranha estar no meio duma grande multidão quando a família abriu o caixão. Lá estava ele, um penso no olho, vestido num fato azul escuro e com luvas, tendo partido por causa duma pistola. Tinha sempre dito que assim iria. Mas nunca acreditei nele. Não tenho a certeza que ele realmente acreditasse nisso .<BR/><BR/>Contudo como muitos Timorenses, Reinado, morto aos 42 anos, nascera para a violência, como acontecera com o seu pai adoptivo de 56 anos, Victor Alves. Alves, um homem digno, tem estado a fumar cigarro após cigarro a receber uma corrente constante de visitas desde o princípio da morte do seu filho em 11 de Fevereiro. Conta algumas coisas da sua própria vida. A sua história, como a do seu país, está escrita com sangue.<BR/><BR/>O pai de Alves era um Português que veio para uma colónia Portuguesa, como isso era em 1948, depois da saída dos ocupantes Japoneses. Casou com uma Timorense de Maubisse, acima de Dili. Alves tem aquele aspecto clássico Timorense-Português que também se pode ver na aparência de Gusmão, agora Primeiro-Ministro. Sob os Portugueses, o sangue misto deu-lhe estatuto e oportunidade superiores às pessoas vulgares de casta Timorense.<BR/><BR/>Alves tornou-se soldado em 1973 quando a pátria-mãe, Portugal, estava a começar a ser dominada por esquerdistas. Em 1974, eles estavam no controlo e começaram um processo de descolonização rápido e disfuncional das suas colónias Africanas e em Timor.<BR/><BR/>Dentro de Timor três grupos lutaram pelo controlo, levando a uma guerra civil. Foram os pró-independência da Fretilin apoiada pelos comunistas; UDT, que queria uma independência gradual em associação com Portugal; e o mais pequeno partido Apodeti que queria um estado autónomo da Indonésia. Alves declina dizer quais foram as suas lealdades nessa altura; diz que é melhor esquecer. Mas deixa uma pista quando diz: "Quando as pessoas me dizem, hoje, 'Olá, camarada,' isso não me agrada." O ponto que ele faz é, fosse qual fosse o lado em que esteve, acabou a lutar contra os Indonésios depois deles terem invadido em 1975.<BR/><BR/>"Muita gente foi como eu . Não era uma questão de escolher lados políticos. Era lutar por Timor-Leste. Uma vez experimentei entrar 6 km dentro da Indonésia (Oeste Timor) e nem sequer sabia onde estava. Tinha 23 ou 24 anos. Tenho muitos remorsos. Fui lá e disparei contra pessoas civis Indonésias. Não quero contar estas histórias aos meus filhos, quero que eles avancem com uma boa vida."<BR/><BR/>Alves foi preso numa batalha com os Indonésios em 1977 e levado para uma prisão na ilha Atauro, mesmo em frente a Dili. Depois de negar aberturas dum encantador líder Kopassus (comando Indonésio) para ser libertado em troca de se juntar às forças armadas Indonésias, foi libertado em 1983 e viveu uma vida razoável em Dili, enquanto participava na rede da resistência.<BR/><BR/>Em 1999, na aproximação do desastroso referendo para a autonomia, Alves matou a tiro um homem das milícias pró-Indonésia. Cumpriu apenas seis meses por acusação de negligência. Não se conseguiu encontrar nenhuma testemunha que dissesse que Alves tinha actuado com intenção contra o homem da milícia. Por acordo alargado, nunca devia ter estado um dia na cadeia.<BR/><BR/>A questão dos Indonésios terem sido capazes de recrutar Timorenses para as milícias para violar e matar o seu próprio povo em 1999 nunca foi resolvida, apesar das comissões da verdade e dos repetidos apelos de Ramos Horta para as pessoas avançarem. Isso é a doença que está no coração de Timor.<BR/><BR/>O sobrinho de Alves, Alfredo nasceu em 1966 e cresceu entre a casa de Victor e a da sua mãe. Alfredo foi separado da sua mãe e foi trabalhar como moço de recados para um batalhão Indonésio, que o levou a assistir na subjugação do seu próprio povo, testemunhando violações e homicídios. Um soldado Indonésio que saíu com o seu batalhão de Timor-Leste para Sulawesi levou o jovem Reinado com ele como seu criado de casa.<BR/><BR/>Reinado regressou a Timor-Leste adolescente quado estava ainda sob controlo Indonésio. A história da sua vida depois – de dirigir um barco para a Austrália com 18 pessoas em 1995, incluindo a mulher e um filho pequeno, de trabalhar nas docas Australianas e de ser formados pelos militares Australianos, e o seu regresso a Timor depois da libertação em 1999 – é bem conhecida. A sua história é apenas uma variação das histórias de muitos Timorenses, que associaram política com sangue.<BR/><BR/>Agora, as tropas Australianas encontra-se numa situação difícil em Timor. Veio (outra vez) em 2006 a pedido do governo Timorense para trazer estabilidade. Engajou-se e matou cinco dos amotinados de Reinado em Same, depois recuou logo que o Governo receou que as pessoas de rua de Dili, que estão profundamente divididas em linhas étnicas leste-oeste, reagissem mal. Como reagiram<BR/><BR/>O então primeiro-ministro John Howard recusou pôr a força Australiana sob controlo da ONU, o que por um lado foi uma reflexão realista sobre a incompetência geral da ONU mas por outro lado permitiu que a nossa força respondesse por um equivocado Governo Timorense que queria desesperadamente acção mas estava com demasiado receio de das consequências para pedir à Austrália que usasse toda a força.<BR/><BR/>Foram feitos acordos absurdos pelos quais Reinado e 16 do seu bando, depois de terem sido apanhados e acusados de homicídio, e de terem escapado da prisão de Dili em 2006, foram autorizados a adar à vontade durante dois anos com armas.<BR/><BR/>No fim do ano passado, Ramos Horta e o chefe da força Australiana, Brigadeiro John Hutcheson, emitiram cartas de "livre trânsito" re-confirmando que Reinado e os seus homens não seriam detidos. Tivesse ou não tivesse Reinado uma causa justificável, foi um erro da Austrália ter concordado com isso. <BR/><BR/>Os nossos soldados tornaram-se politizados duma maneira que nunca devia ter sido permitida. Contudo quando líderes Timorenses acusam a Força Internacional de Estabilização pelo falhanço em evitarem a estrada dos homens de Reinado em Dili em 11 de Fevereiro, eles deviam reflectir na situação em que colocaram a Austrália.<BR/><BR/>Ramos Horta era a única esperança real de Reinado. Reinado tinha gozado com Gusmão num DVD de propaganda, mas Ramos Horta tinha deixado sempre a sua linha aberta para o amotinado. E quase toda a gente em Timor-Leste concorda que há uma história maior por detrás da sua visita assassina ao complexo do Presidente.<BR/><BR/>Não há nenhuma claridade em Timor-Leste, mas isto é conhecido: Reinado estava prestes a enfrentar acusações de homicídio no tribunal de Dili em 3 de Março. Reinado não queria comparecer, receando ficar preso durante muito tempo. Mas Ramos Horta estava sempre preparado para o libertar de certo modo. Inquirições podem revelar alguns detalhes da oferta a Reinado.<BR/><BR/>Reinado queria um perdão total e um bom emprego militar. Um grupo de trabalho conjunto formado entre o Governo da aliança e a Fretilin da Oposição estava a debater o que dar a Reinado. Fora explicado a Reinado que apenas é possível perdoar uma pessoa depois dela ter sido condenada.<BR/><BR/>Depois ele queria uma amnistia completa. Mas com Reinado a enfrentar oito casos de homicídio , a visão razoável é que ele devia ser julgado. Mas isso era apenas em nome das aparências, depois do que seria perdoado. Ramos Horta tentou descansá-lo sobre a sua boa vontade, lembrando a Reinado que tinha dado 38 perdões desse tipo a presos em 28 de Dezembro. Era a vez dele aceitar. Tinha apenas de enfrentar um tribunal.<BR/><BR/>O grupo de trabalho estava pronto para aprovar isso, juntamente com outras questões importantes, tais como compensações para os deslocados, trazer centenas de peticionários ex-soldados do seu isolamento e tratar de eleições antecipadas. Estava previsto ser tudo assinado em 20 de Maio. Reinado sabia disso. Ou Reinado não confiou entregar-se ao processo judicial ou outra gente o influenciou, dizendo-lhe que Ramos Horta ia enganá-lo.<BR/><BR/>Depois de duas semanos de grande nevoeiro em Timor – para o qual por vezes me senti susceptível – é claro: foi gente de Reinado que atacou o Presidente e o PM. As questões importantes são porque é que foi lá e porque é que lhe disseram para não acreditar em Ramos Horta.<BR/><BR/>Timor-Leste abriu uma porta que devia ter ficado fechada: assassínio. Falando na semana passada numa conferência de imprensa conjunta com Kevin Rudd, Gusmão disse: "Uma bala pode ferir uma pessoa, mas nunca pode penetrar nos valores da democracia."<BR/><BR/>O problema, contudo, é que num pequeno país, uma bala pode fazer precisamente isso. Especialmente quando visa as duas únicas figuras em Timor-Leste com alguma esperança de trazer estabilidade duradoura.<BR/><BR/>Paul Toohey cobriu o período após a tentativa de assassínio em Timor-Leste.Anonymousnoreply@blogger.com